A evasão e o abandono escolar são pautas já antigas da educação brasileira. No entanto, por conta do cenário de pandemia da Covid-19, o quadro de evasão pode se agravar.
Assim, com a suspensão das aulas presenciais e a dificuldade de acesso ao ensino remoto, educadores temem o risco de aumento na desistência. Apesar de denotarem a mesma ideia, o abandono e a evasão escolar têm diferenças.
Enquanto, o abandono é quando o aluno deixa os estudos ainda durante o ano letivo, ainda matriculado. Já a evasão escolar é quando o estudante deixa de frequentar a escola e encerra a matrícula.
Relatório
Apesar do alerta e do problema não ser recente, as ações para combater a evasão e o abandono escolar são raras. Um levantamento com 20 redes públicas mostrou que há escassez de ações nas secretarias de ensino durante a pandemia para lidar com o problema nas escolas públicas.
O levantamento “Planejamento das redes de ensino para a volta às aulas presenciais: saúde, permanência e aprendizado” teve divulgação nesta sexta-feira (28).
Nesse sentido, o relatório aponta ainda que falta um plano articulado por parte do poder público. As raras ações identificadas são dos educadores. Assim, os únicos que atuam contra a evasão escolar são os gestores e os professores que buscam pelos alunos que não dão retorno nas aulas ou somem das aulas.
No entanto, na pandemia, se torna muito difícil monitorar a questão com o ensino a distância. Até mesmo o Ministério da Educação (MEC) não tem monitorado a questão. O MEC admitiu não saber quantos alunos da rede pública estavam acompanhando o ensino a distância.
A evasão tem efeitos negativos pois só aumenta a desigualdade social. Desse modo, se faz necessário pensar em ações para conter a evasão escolar e o abandono.
O estudo foi realizado pelo Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB) e pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
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