A vacinação em massa pode ter uma reviravolta no Brasil, ou ao menos ter um calendário para acontecer. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou nesta segunda-feira (08) que o país já iniciou um cronograma para a campanha de vacinação contra a Covid-19.
“Já começamos a ter um cronograma para vacina. No dia de hoje, conversamos com o diretor-presidente da Pfizer. Conseguimos, num primeiro momento, antecipar as vacinas, e depois teve um contato deles com o Paulo Guedes e mais vacinas foram prometidas para nós até o terceiro trimestre, e não mais até o quarto trimestre como estava antigamente”, disse, em entrevista à CNN Brasil ao chegar no Palácio da Alvorada.
Com essa reunião realizada pelo governo brasileiro, é esperado que sejam antecipadas 5 milhões de imunizantes contra a Covid-19 até junho, ao menos foi o que ficou decidido junto a Pfizer. Com essas doses, serão 14 milhões de unidades de imunizantes no primeiro semestre de 2021.
“Então, o contato hoje foi excepcional, eles entenderam a gravidade que o Brasil atravessa com essa nova cepa, que é interesse deles que não saia do local”.
Bolsonaro ainda ressaltou que faltam imunizantes no mundo inteiro e que os contratos fechados pelo governo estão “estão indo muito bem”.
“A nossa programação, os nossos contratos estão indo muito bem. O Brasil, se não me engano, já é o quinto que mais vacina em valores absolutos no mundo. E deixo bem claro: está faltando vacina em todo o mundo”, destacou o presidente.
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Vacinação é ‘decisiva’ para a economia brasileira?
Seria a imunização em massa decisiva para um bom desemprenho da economia do Brasil? É o que vem defendendo o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Sabemos como se enfrenta uma crise: vacinação em massa e auxílio emergencial. Estamos aprovando essa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) fiscal”, afirmou nesta segunda-feira o ministro.
Ainda em janeiro, o ministro já sinalizava a importância da vacinação em massa. “A volta segura ao trabalho é importante e a vacinação em massa é decisiva, é um fator crítico de sucesso para o bom desempenho da economia logo à frente”, disse Guedes durante entrevista em que divulgou o resultado da arrecadação federal em 2020.
Ainda no mesmo dia que Bolsonaro chamou de idiota quem pede vacina, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a vacinação em massa. As declarações foram dadas na quinta-feira (04). Guedes se manifestou por vídeo e declarou “primeiro, a saúde” porque “sem saúde, não há economia”.