Um novo estudo divulgado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), o núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que a economia criativa do Brasil está a caminho de gerar um milhão de novos empregos até o ano de 2030. Isso marcaria um aumento significativo em relação à atual participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB), que atualmente corresponde a 3,11%.
Com base em análises detalhadas, o relatório prevê um crescimento substancial na força de trabalho da economia criativa brasileira. Atualmente, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o 4º trimestre de 2022, o setor emprega aproximadamente 7,4 milhões de trabalhadores em todo o país.
No entanto, com as tendências atuais e o investimento contínuo no setor da economia criativa, esse número deverá aumentar para impressionantes 8,4 milhões de empregos até 2030, marcando um marco importante no crescimento econômico do Brasil. O setor de economia criativa compreende uma ampla variedade de indústrias, incluindo artes, entretenimento, design, moda, tecnologia da informação e muito mais, contribuindo para a diversificação da economia do país.
Essa previsão otimista oferece uma visão promissora para o futuro econômico do Brasil, destacando a importância da economia criativa como um motor crucial de emprego e crescimento. Com um milhão de novos postos de trabalho previstos, o país está posicionado para colher os benefícios de um setor em expansão que continuará a impulsionar o desenvolvimento econômico nos próximos anos.
A economia criativa é um conceito inovador que surgiu para descrever modelos de negócios e estratégias de gestão que têm sua origem em atividades, produtos ou serviços criados a partir do conhecimento, criatividade e capital intelectual de indivíduos, com o objetivo de gerar empregos e renda. Diferente da economia tradicional, a economia criativa coloca um foco essencial no potencial individual e coletivo para produzir bens e serviços de natureza criativa.
A economia criativa engloba uma ampla gama de indústrias e disciplinas, sendo algumas das mais proeminentes a cultura, moda, design, música e artesanato. Outra parcela significativa desse cenário emergente provém do setor de tecnologia e inovação, abrangendo o desenvolvimento de software, jogos eletrônicos e dispositivos móveis.
O estudo do Observatório Nacional da Indústria (ONI), revelou que o aumento esperado no número de empregos no setor da economia criativa não se limitará apenas ao mercado de trabalho formal, com carteira assinada, mas também se estenderá ao setor informal. Especialistas apontam que essa expansão é um reflexo da valorização crescente das funções dentro do mercado de trabalho formal.
De acordo com as descobertas do observatório, os profissionais atuantes na economia criativa possuem, em média, 1,8 ano a mais de estudo em comparação com outros setores. Além disso, eles desfrutam de salários substancialmente mais altos, recebendo cerca de 50% a mais do que os profissionais de áreas não relacionadas à economia criativa.
Esses números ressaltam a crescente importância e atratividade das ocupações relacionadas à economia criativa no cenário de emprego brasileiro. A valorização educacional e salarial desses profissionais sugere um ambiente favorável para o crescimento contínuo do setor, tanto no mercado formal quanto no informal.