“É algo que muita gente erra na hora de fazer a declaração e que pode gerar muitos problemas”, declarou ao G1, Claudio Sameiro, coordenador da graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro. Samiero se refere a como declarar um imóvel financiado no imposto de renda 2021.
Um erro frequente é informar o valor errado na ficha de bens e direitos. “Não pode informar o valor total do imóvel, só o valor efetivamente pago ao longo do ano, que no caso desta declaração, é o ano base de 2020”, explicou Sameiro.
O primeiro passo é acertas na ficha. Por isso, é importante saber que o financiamento deve ser declarado na ficha “Bens e direitos” e não na de dívidas e ônus reais onde entram os empréstimos.
“Nesse valor, ele vai somar o que pagou de entrada, mais o valor que tenha utilizado de saldo do FGTS, mais a soma de todas as prestações pagas ao longo de 2020. Ele também deve incluir nesse valor as comissões que pagou para o corretor, o ITBI [imposto sobre a transmissão de imóveis] e demais custas do registro do imóvel”, esclareceu o professor.
Se você incluir o valor total do imóvel e não o que pagou naquele respectivo ano, você poderá ser pego pela malha fina que verificará que a sua renda não é compatível. Então declare apenas os valores conforme acima e evite dores de cabeça e problemas futuros com a Receita e o seu CPF.
Outro ponto é que aqueles que utilizaram recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) para o imóvel devem informar o valor utilizado do fundo na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis.
“Informando o saque de FGTS ele vai comprovar que ela tinha fonte suficiente para comprar o imóvel. Se não informar, cai na malha fina também”, explicou o especialista.