INSS: Servidores anunciam APAGÃO em junho: veja quem será impactado
De acordo com representantes dos servidores, apagão do INSS servirá como forma de protesto por reajuste
Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), iniciaram nesta terça-feira (18) a chamada “operação apagão”. A medida tem como objetivo pressionar o governo federal por um reajuste salarial de 33%, além de uma valorização da carreira de técnico do seguro social.
A informação da realização da Operação apagão foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP).
Como vai funcionar o apagão?
Mas afinal de contas, como vai funcionar este apagão? De acordo com representantes dos servidores, a ideia é fazer com que os funcionários públicos que atuam no INSS reduzam em 20% a produção. Esta redução deverá acontecer todas as terças e quintas do mês de junho.
“Estamos em situação igual aos outros, de reajuste zero neste ano. E mesmo o que não depende de pauta orçamentária o governo tem negado a nós. A categoria está disposta a fazer enfrentamento como tem feito a educação”, disseram os representantes dos trabalhadores em entrevista.
O que dizem os envolvidos
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos disse por meio de nota que fechou um acordo com a categoria, e que todos os servidores receberam um reajuste de 9%. A pasta afirma que este aumento foi linear e foi feito para repor as perdas que todos os servidores tiveram nos anos anteriores.
Já o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) disse que não responde pelas negociações.
Antecipação dos pagamentos
A operação apagão acontece justamente em um momento em que o INSS está precisando muito do trabalho dos seus servidores. Neste mês de junho, o Instituto vai realizar uma grande operação de antecipação dos pagamentos de aposentadorias, pensões e outros auxílios.
De acordo com o INSS, a ideia é pagar estes saldos de uma só vez no próximo dia 24 de junho, independente do final do número de inscrição de cada segurado. A medida, no entanto, é válida apenas para as pessoas que residem no Rio Grande do Sul.
O estado acabou de passar pelo maior desastre ambiental de toda a sua história. Dados mais recentes da Defesa Civil local indicam que mais de 170 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas. Neste momento, milhares de gaúchos seguem desabrigados ou desalojados mesmo mais de um mês depois do início da tragédia.
Para o restante do país, nada muda. Abaixo, você pode conferir o calendário de pagamento do INSS para as pessoas que recebem o piso previdenciário nacional de R$ 1.412 e NÃO residem no Rio Grande do Sul:
Dígito final do Benefício | Dia do pagamento |
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1 | 24/jun |
2 | 25/jun |
3 | 26/jun |
4 | 27/jun |
5 | 28/jun |
6 | 01/jul |
7 | 02/jul |
8 | 03/jul |
9 | 04/jul |
0 | 05/jul |
Agora, você pode conferir o calendário completo de pagamentos do INSS para as pessoas que não residem no Rio Grande do Sul, e que recebem qualquer valor acima do piso previdenciário nacional de R$ 1.412. Note que para este público, o saldo só será liberado a partir do mês de julho.
Dígito final do NIS | Dia do pagamento |
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1 e 6 | 01/jul |
2 e 7 | 02/jul |
3 e 8 | 03/jul |
4 e 9 | 04/jul |
5 e 0 | 05/jul |
Polêmica com desvinculação
Neste momento, o INSS também está envolto em uma segunda polêmica envolvendo pedidos de desvinculação do salário mínimo. Em entrevistas recentes, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, vem dizendo que alguns benefícios previdenciários poderiam ser desvinculados.
“Tudo, a princípio, está na mesa. Vamos limpar, sob a ótica do que é viável politicamente, o que atenderia a vontade não só do presidente Lula, mas também do Congresso Nacional. Esse filtro a gente ainda não fez. Se eu ficar muito focada na desvinculação, dá a entender que é a primeira medida, e não é”, disse a ministra Simone Tebet, em entrevista na última semana.