INSS: Lula divulgou lista de 800 mil pessoas que perderão benefícios? Veja o que se sabe
Circula pelas redes sociais uma suposta lista de 800 mil pessoas que perderão benefícios previdenciários do INSS
Milhares de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão preocupados neste momento. O motivo: circula pelas redes sociais uma lista com os nomes de 800 mil idosos que poderiam perder o direito de receber benefícios previdenciários já no decorrer dos próximos meses.
Se você está preocupado com a situação, pode se acalmar. De acordo com o Ministério da Previdência, a suposta lista que está circulando nas redes sociais não passa de uma grande fake news. Não existe um documento com os nomes dos cidadãos que perderão o direito de receber benefícios previdenciários.
O post que circula nas redes sociais conta com o seguinte título: “Lula confirma lista com 800 mil idosos que darão adeus ao salário de R$1.412 do INSS”. Além disso, a postagem tem a seguinte legenda: “prioridade do Lula é lascar o pobre”.
O que é verdade ?
O fato é que o governo está realizando neste momento uma revisão em benefícios por incapacidade temporária, conhecidos popularmente como auxílio-doença. Além disso, também está sendo realizada uma revisão nos Benefícios de Prestação Continuada (BPC).
Por meio de nota, o governo federal afirma que não há nenhum tipo de procedimento sendo realizado para retirada de aposentadorias de cidadãos brasileiros. Se você é aposentado, portanto, certamente não está em uma lista de retirada do benefício.
“Peças de desinformação estão alegando cortes nas aposentadorias de idosos com mais de 60 anos que não procedem”, afirma governo federal.
De onde surgiu a desinformação sobre o INSS
A postagem falsa que circula nas redes sociais certamente se baseia em um número distorcido. Recentemente, o Ministério da Previdência afirmou que centenas de milhares de usuários do BPC e do auxílio-doença serão chamados para uma revisão. Alguns deles, aliás, já foram convocados.
A expectativa do governo federal é de que mais de 650 mil usuários que recebem o BPC e o auxílio-doença passem por essa convocação até o final do ano. Neste sentido, o ministério afirma que teria capacidade de convocar até 800 mil pessoas nesse período.
Isso não quer dizer, no entanto, que 800 mil brasileiros perderão o direito de receber os seus benefícios previdenciários. O número representa apenas a capacidade estimada do ministério para a realização de revisões
“O Departamento de Perícia Médica Federal e o INSS têm capacidade para fazer até 800 mil perícias neste período. O que não quer dizer que serão cortados benefícios indiscriminadamente. Além disso, é assegurado ao beneficiário o direito constitucional de ampla defesa”, afirma o governo.
Como saber se você precisa atualizar BPC
Mas como é possível saber se você está no grupo de pessoas que serão convocadas para essa revisão? Ao contrário do que muita gente imagina, essa consulta pode ser feita também de maneira remota, usando apenas o seu CPF.
Recentemente, o INSS disponibilizou uma função no aplicativo e site do Meu INSS para que as pessoas possam conferir se terão que se inscrever ou atualizar o CadÚnico.
Por esse sistema, não será necessário utilizar login e senha. Basta utilizar o número do CPF. Veja na imagem abaixo:
Caso você esteja entre as pessoas que precisam atualizar o cadastro para manter o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o próprio sistema vai orientar o cidadão a procurar um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo do seu endereço.
“Nós já identificamos, e o presidente autorizou levar à frente, R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
“Em relação ao BPC, o conceito desde o início é salário mínimo, então é muito pouco provável que se faça alguma alteração. Até porque estamos falando de pessoas que têm um custo normalmente bastante elevado com outras despesas, como medicamento, alimentação adequada e cuidados”, disse o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT).