Em meio a intensos debates e transformações após a reforma da previdência conduzida durante o governo de Michel Temer, a opção pela previdência pública ainda permanece como o plano central de aposentadoria para uma significativa parcela da população brasileira, revela uma pesquisa conduzida pelo planejador financeiro Eduardo Forestieri, da Planejar.
De acordo com os resultados apresentados por Forestieri durante o Anbima Summit, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continua a ser o principal recurso de aposentadoria para 44% dos indivíduos entrevistados. A pesquisa lança luz sobre a resiliência do sistema previdenciário público, apesar das mudanças e discussões que acompanharam a implementação da reforma da previdência.
Entre outros dados relevantes do estudo, 19% dos participantes expressaram a crença de que terão que continuar trabalhando durante a velhice como forma de sustento. Enquanto isso, 9% depositam sua confiança em aplicações financeiras como fonte primária de renda após a aposentadoria.
Dentro desse panorama, 4% da amostra indicaram que planejam depender de aposentadorias privadas, enquanto 3% antecipam um futuro onde a renda de aluguéis será a principal sustentação. Outras alternativas incluíram 1% que espera contar com o auxílio dos filhos ou da família para subsistir e outro 1% confiando nas economias pessoais acumuladas ao longo dos anos.
Como funciona a previdência privada?
A previdência privada é um sistema de planejamento financeiro que visa proporcionar uma fonte adicional de renda durante a aposentadoria, além da previdência pública, como o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Ela é oferecida por instituições financeiras, seguradoras e fundos de pensão privados, e funciona de maneira diferente em comparação com a previdência pública.
Assim como na previdência pública, a previdência privada também envolve contribuições regulares. Os participantes podem optar por fazer pagamentos periódicos, geralmente mensais ou anuais, para construir uma reserva financeira que será utilizada na aposentadoria.
Uma das principais características da previdência privada é que os recursos acumulados são investidos em diferentes tipos de ativos financeiros, como ações, títulos, fundos imobiliários e outros, de acordo com o perfil de risco do participante. A ideia é que esses investimentos possam gerar rendimentos ao longo do tempo e aumentar o montante acumulado.
É importante ressaltar que a previdência privada pode ser uma estratégia útil para complementar a renda da aposentadoria, mas é essencial analisar cuidadosamente os detalhes do plano, taxas, opções de investimento e potenciais retornos antes de tomar uma decisão. Cada pessoa tem diferentes objetivos financeiros, e é aconselhável buscar orientação de um profissional financeiro qualificado para tomar a melhor decisão com base em suas circunstâncias individuais.
Veja quem tem direito a previdência pública do INSS
A previdência pública, em muitos países, incluindo o Brasil, é um sistema de proteção social que visa proporcionar uma renda de subsistência aos cidadãos quando eles atingem a idade de aposentadoria ou em situações de incapacidade, doença ou morte. No caso do Brasil, a previdência pública é representada principalmente pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
No Brasil, têm direito à previdência pública do INSS os trabalhadores que contribuem regularmente para o sistema. Isso inclui trabalhadores assalariados, autônomos e profissionais liberais, contribuintes individuais, trabalhadores rurais e outros profissionais que contribuíram para o INSS ao longo da vida.
No entanto, é fundamental entender que a previdência pública pode ter regras e critérios específicos para cada tipo de benefício e que essas regras podem variar ao longo do tempo devido a mudanças nas legislações e nas políticas do sistema previdenciário. Por isso, é recomendável sempre se informar junto ao INSS ou a fontes confiáveis para obter informações atualizadas sobre a aposentadoria.