Inflação fecha o ano de 2021 em 10,42%, afirma IBGE

Inflação fecha o ano de 2021 em 10,42%, afirma IBGE

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,78% no mês de dezembro. O número foi inferior à taxa de 1,17% registrada em novembro. Desse modo, o índice que mede as tendências da inflação no país fechou o ano de 2021 em 10,42%, maior acumulado desde 2015.

O índice considera nove grupos de serviços, onde sete deles apresentaram alta no mês de dezembro. Os únicos grupos que não registraram alta no último mês do ano foram a área de saúde e cuidados pessoais (-0,73%) e educação (0%).

O grupo de alimentação e bebidas teve uma alta de 0,35%, principalmente no setor de alimentação no domicílio familiar (0,46%). O levantamento constatou uma alta no valor das frutas (4,10%) e das carnes (0,90%). A cebola também teve uma alta expressiva de 19,40% neste mês.

Veja a variação mensal no último trimestre de 2021

De acordo com o IBGE, o maior impacto e a maior variação apresentada no IPCA-15 foi no grupo dos Transportes, encerrando o ano com uma alta acumulada de 21,35%. Em seguida, o grupo da Habitação apresentou uma alta de 0,90% e Alimentação e bebidas 0,35%. Confira os dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:

GRUPO Outubro Novembro Dezembro
índice geral 1,20 1,17 0,78
Alimentação e bebidas 1,38 0,40 0,35
Habitação 1,87 1,06 0,90
Artigos de residência 0,53 1,53 1,19
Vestuário 1,32 1,59 1,10
Transportes 2,06 2,89 2,31
Saúde e cuidados pessoais -0,01 0,80 -0,73
Despesas pessoais 0,77 0,61 0,51
Educação 0,09 0,01 0,00
Comunicação 0,34 0,32 0,15

 

Inflação no setor da habitação

De acordo com o IBGE, no setor da Habitação a maior contribuição foi decorrente da energia elétrica (0,96%). O resultado foi parecido com o mês de novembro (0,93%). É importante lembrar que desde setembro está em vigor a bandeira de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz da população a cada 100 kWh consumidos.

Outra variação no setor da Habitação apresentada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 é a taxa de água e esgoto (0,89%), consequência de reajustes feitos no Rio de Janeiro (8,09%), em vigor desde o dia 8 de novembro e em Salvador (4,41%) desde 29 de novembro.

Por fim, o gás encanado também subiu por conta de reajustes de 6,90% no Rio de Janeiro (4,06%) em vigor desde o dia 1º de novembro e de 17,64% em São Paulo (2,28%) vigente desde o dia 10 de dezembro. Também vale mencionar a alta de 0,51% no botijão de gás (GLP), onde os preços subiram pelo 19º mês consecutivo em decorrência da inflação, acumulando uma alta de 38,07% em 2021.

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