Inflação: fatores de risco elevam a taxa básica de juros

Inflação: fatores de risco elevam a taxa básica de juros

O Copom avalia que fatores de risco elevam a taxa básica de juros e a inflação segue elevada para o consumidor final.

O Comitê de Política Monetária (Copom) ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções, conforme divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB).

Inflação: fatores de risco elevam a taxa básica de juros

Por um lado, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico, pondera o Banco Central do Brasil (BCB).

Elevação dos prêmios de risco do país

Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco do país.

Maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado

Conforme análise do Comitê de Política Monetária (Copom), apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico.

Balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação 

Assim sendo, o Banco Central do Brasil (BCB) avalia que, considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 1,50 ponto percentual, para 9,25% a.a. 

De acordo com a divulgação oficial, o Comitê de Política Monetária (Copom) entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e 2023. 

Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego, informa o Banco Central do Brasil (BCB).

Processo de desinflação

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, informa o Banco Central do Brasil (BCB).

Os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados 

Para a próxima reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) antevê outro ajuste da mesma magnitude. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária. É possível acessar essa ( e outras decisões) do Comitê de Política Monetária (Copom) no site oficial do Banco Central do Brasil (BCB).

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