O Índice Geral de Preços do Mercado fechou em 1,41% no mês de abril. Ainda assim a inflação do aluguel apresentou desaceleração no comparativo com março, que estava em 1,74%, conforme informado nesta última quinta-feira (28) pela Fundação Getúlio Vargas.
Com o resultado, o índice do aluguel já acumula uma alta de 6,98% no ano de 2022 e de 14,66% nos últimos 12 meses. O IGP-M do mês ficou um pouco abaixo da expectativa, pois uma pesquisa da Reuters apontava que o aumento de preços para o setor no mês chegaria a 1,70%.
O IGP-M é conhecido como a “inflação do aluguel” e serve como parâmetro para realizar o reajuste dos contratos, assim como na hora de realizar a locação de imóveis. Além da subida dos preços ao consumidor, o índice também reflete os preços para produtos primários, preços de atacado e os insumos da construção civil.
O que mais pesou ao longo do mês no IGP-M
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, a desaceleração só não foi maior neste mês por conta da alta do preço dos combustíveis, como o diesel que já acumula 14,70% e a gasolina com um aumento de 11,29%, respondendo por até 60% da inflação medida para o Produtor Amplo (PA).
Já no Índice de Preços ao Consumidor, as maiores pressões que levaram à alta, são para a alta do tomate (23,28%), passagem aérea (9,50%) e a gasolina (5,86%). Uma leitura preliminar indica que a Selic pode fechar o ano em 13,25%, sendo que atualmente a taxa básica de juros se encontra em 11,75%.
O IGP-M vai desde os cálculos de preços ao produtor, construção civil e consumidor entre os 21 dias do último mês e 20 do mês de referência. Entre os itens que mais contribuíram para a desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, estão a soja em grão e o milho em grão, ambos registrando grandes quedas ao longo do mês.
Relação do IPC com o aumento do preço do aluguel
O Índice de Preços ao Consumidor teve um aumento de 1,53% em abril, subindo em comparação com o registrado em março, de 0,86%. A principal contribuição partiu do setor de transportes, que saltou de 1,15% para 2,94%. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o principal destaque nessa cesta é a gasolina, com a taxa saltando para 5,86% em abril.
Várias taxas apresentaram uma variação ao longo do mês, como educação, leitura e recreação, que em março fecharam em 0,44% e em abril saltaram para 1,57%, além do aumento de preços para o setor de saúde com um provável reajuste nos preços de planos de saúde.
Para a Fundação Getúlio Vargas, a principal contribuição para esse aumento de preços do aluguel se deve ao aumento do consumo, cuja taxa passou de 4,60% para 10,80%, aumento que também deverá se refletir nos próximos meses assim como a inflação acumulada geral.