Em abril, o IPCA, que é o índice oficial de inflação do país, registrou alta de 0,61%, de acordo com o IBGE. Todas as categorias analisadas apresentaram aumento, sendo que o segmento de Saúde e cuidados pessoais teve destaque com uma elevação de 1,49%, o que contribuiu com 0,19 ponto percentual no índice geral. Com esse resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 4,18%.
Comparado ao mês anterior, houve uma desaceleração no IPCA, que registrou alta de 0,71% em março. No acumulado do ano, o índice apresenta aumento de 2,72%, enquanto em abril de 2022, a variação foi de 1,06%. No entanto, a alta observada em abril deste ano foi maior do que o esperado pelo mercado, que projetava um aumento de 0,55%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) em abril, a inflação foi impulsionada pelos preços de medicamentos e produtos farmacêuticos, que apresentaram alta de 3,55%. Essa alta teve um impacto de 0,12 ponto percentual na inflação geral.
Vale lembrar que é comum que o governo federal autorize o reajuste desses produtos no final de março. Desse modo, neste ano o aumento permitido para os preços dos remédios em todo o país foi de até 5,60% e as farmácias e drogarias podem escolher entre repassar esse aumento de uma só vez ou ao longo do ano.
Apesar da alta no preço dos medicamentos, é importante lembrar que os brasileiros que utilizam o Sistema Único de Saúde podem adquirir alguns medicamentos com preços mais acessíveis ou até mesmo de forma totalmente gratuita pela Farmácia Popular. O programa foi lançado em 2004 e tem como objetivo atender a população que precisa de tratamento contínuo para doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e asma.
O programa funciona por meio de parcerias entre o governo federal, os estados e os municípios, além de farmácias privadas que aderem ao programa. A Farmácia Popular é uma iniciativa importante para garantir o acesso à saúde e aos medicamentos para a população de baixa renda.
De acordo com informações disponibilizadas pelo IBGE, o grupo de Alimentação e bebidas também influenciou bastante a inflação em abril, apresentando uma aceleração em relação ao mês de março. No mês anterior, esse setor havia registrado uma alta de apenas 0,05%, mas em abril o aumento foi de 0,71%.
Ainda segundo o IBGE, a pressão no setor da alimentação pode ser sentida principalmente na alimentação no domicílio, com altas em itens básicos para as famílias brasileiras como tomate (10,64%), leite longa vida (4,96%) e queijo (1,97%). Em março deste ano, esse grupo havia desacelerado significativamente, apresentando deflação de 0,14%, mas em o mês de abril acabou fechando com uma alta de 0,73%.
Já a alimentação fora do domicílio apresentou uma variação menor do que a alimentação no domicílio, passando de uma alta de 0,60% em março para 0,66% em abril. Já o lanche desacelerou de 1,09% para 0,93%, enquanto a refeição subiu de 0,41% para 0,51%. Mais informações sobre a inflação no país podem ser obtidas nos canais oficiais do IBGE.