Inflação: Bolsonaro diz que “não pode resolver sozinho”

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não é o único responsável por resolver a inflação e que governadores também estão envolvidos neste processo. A fala foi dada em entrevista à rádio Jornal Pernambuco nesta quinta-feira (26) e as informações são do iG.

“Estamos vendo a inflação, sim, na casa dos 7%, quando fala 7% é uma inflação global. Lógico que os alimentos estão muito acima disso, isso é preocupante. Se bem que a inflação no tocante aos alimentos veio para o mundo todo, o mundo todo tá sofrendo. A gente vê a questão do gás de cozinha, 130 reais o botijão de 13 quilos. Temos saída para isso, mas passa pelos governadores, bem como a questão dos combustíveis também. O combustível está caro, ultrapassou 6 reais. Na refinaria custa 1 litro de gasolina 2 reais. Temos alternativa? Temos. Mas eu, sozinho, não consigo resolver esse assunto. Passa pelo entendimento dos senhores governadores”, disse o presidente.

Bolsonaro ainda atribui a inflação a “política do fica em casa”, na realidade o indicador não foi impactado apenas por isso e, por outro lado, saúde e economia andam juntas.

O presidente também afirmou que a “economia está se recuperando”, mesmo com a crise hídrica que o país enfrente. “Temos notícias tristes, mas temos que nos unir e enfrentar esses desafios”.

Inflação oficial está acima da meta

A inflação acumulada nos últimos 12 meses bateu recorde de 8,99%, o valor está acima da meta de 5,25% estabelecida pelo próprio governo. O indicador foi impulsionado principalmente pela alta na energia elétrica que teve aumento na bandeira vermelha em 52%, motivado, principalmente, por umas das priores crise hídrica  históricas que  o país enfrenta em 2021.

O relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, ainda aumentou a previsão da inflação no final do ano de 6,79% para 6,88%. Os dados foram divulgados no início do mês.

A taxa básica de juros – a Selic – foi elevada um ponto percentual pelo Copom, saindo de 4,25% para 5,25% ao ano. Está é uma das políticas usadas para “diminuir” a circulação e liberação de dinheiro e diminuir a inflação.

A previsão, de acordo com especialistas, é que Selic suba de 7% para 7,25%  até o fim do ano. Nova alta da Selic também deve acontecer na reunião prevista para setembro. Se a medida diminuíra a inflação no ano, só será possível ter certeza com sua aplicação na prática.

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