O índice de atividades turísticas do Brasil cresceu 0,5% em janeiro, em comparação com dezembro de 2022. O resultado é mais um indicativo da continuidade da recuperação do setor, que sofreu fortes perdas nos últimos anos devido à pandemia da covid-19.
Em suma, a crise sanitária afundou as atividades turísticas em todo o mundo. Isso aconteceu porque houve restrições às viagens e incentivo ao distanciamento social, medidas que visavam evitar a disseminação do coronavírus.
No entanto, em 2022, o índice de atividades turísticas registrou um expressivo crescimento de 29,9% em relação a 2021. O desempenho surpreendeu os analistas e foi impulsionado, principalmente, pelo resultado de dezembro.
A melhora do quadro sanitária e o fim das restrições fortaleceram a busca dos consumidores por viagens e pacotes turísticos em todo o país. Aliás, o indicador de turismo teve um crescimento de 4,1% no último mês de 2022, em relação a novembro.
Isso quer dizer que o resultado de janeiro deste ano foi o segundo positivo seguido. A saber, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, o índice chegou a um ganho de 5,3%. É importante salientar que, embora o crescimento de janeiro tenha sido bem menor que no fim do ano, os dados ainda apontam para queda do indicador.
Em suma, o turismo atinge níveis elevados em dezembro, ou seja, a base comparativa estava bastante alta, e, mesmo assim, o indicador conseguiu ter um desempenho positivo em janeiro.
Com o acréscimo do resultado de janeiro, o setor passou a ficar 2,5% acima do patamar de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19. Na verdade, o índice já havia eliminado todas as perdas provocadas pela crise sanitária em dezembro de 2022, e agora cresceu um pouco mais.
Para quem não sabe, esse é apenas o segundo mês de resultado positivo em relação ao nível pré-pandemia. Em outras palavras, o turismo brasileiro seguiu abaixo do patamar observado antes da decretação da crise sanitária, entre fevereiro de 2020 e novembro de 2022.
Além de ter eliminado todas as perdas acumuladas na pandemia, o índice de atividades turísticas reduziu a distância para o patamar mais alto já observado na série.
Em síntese, o indicador se encontra 4,6% abaixo do ponto mais alto já registrado, alcançado em fevereiro de 2014. Em dezembro, estava 5,5% abaixo desse nível.
A propósito, os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento também revelou que o setor de serviços encolheu 3,1% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro. O resultado ficou negativo, principalmente, por causa da forte base comparativa, segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. Clique aqui e saiba mais.
De acordo com o IBGE, o avanço mensal foi bem tímido em relação à alta registrada na base anual. Em resumo, o turismo brasileiro cresceu 12,9% em relação a janeiro de 2022, 22ª taxa positiva consecutiva.
A saber, o crescimento anual vem ocorrendo desde abril de 2021, justamente porque a base comparativa é fraca. Isso porque a pandemia foi decretada em março de 2020 e, a partir de então, derrubou os dados não só do turismo mundial, mas também do nacional.
Como a pandemia afetou diretamente o índice de atividades turísticas, todos os dados se enfraqueceram a partir de 2020. Dessa forma, o indicador passou a registrar avanços significativos em relação ao mesmo período do ano anterior nesse período.
No entanto, isso não deverá acontecer de maneira recorrente em 2023, visto que a base comparativa se fortaleceu nos últimos tempos. Aliás, o ano de 2022 ficou marcado pela recuperação do turismo nacional e mundial. A expectativa é que os dados cresçam ainda mais neste ano, mas sem discrepância em relação ao ano passado.
Em relação a janeiro de 2022, o índice de atividades turísticas cresceu em 11 dos 12 locais pesquisados pelo IBGE. O único resultado negativo veio do Distrito Federal (-2,5%), mas isso não afetou a taxa nacional, que seguiu em campo positivo.
Por sua vez, do lado dos avanços, o mais importante veio mais uma vez de São Paulo (+16,4%). Em seguida, ficaram Minas Gerais (24,7%), Rio de Janeiro (7,3%), Rio Grande do Sul (16,6%) e Bahia (14,5%).
Os dados do IBGE se referem apenas a 12 Unidades da Federação (UFs), que são: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.