Índice de aprovação de Jair Bolsonaro para de cair com o novo auxílio
A aprovação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vinha em queda há 4 meses seguidos, parou de cair. É o que mostra a rodada de maio da pesquisa XP/Ipespe, realizada entre os dias 4 e 7 de maio, e divulgada nesta terça-feira (11). Ao que tudo indica essa parada na queda da aprovação do Governo se deve à nova rodada do Auxílio Emergencial, que está sendo paga neste mês.
É importante ressaltar que as oscilações observadas no índice de aprovação do Governo Federal ocorreram na margem de erro da pesquisa. Todavia, diante de uma queda que já vinha se afirmando desde dezembro do ano passado, os números se mostram significativos.
A causa dessa melhora na aprovação de Jair Bolsonaro é o novo Auxílio Emergencial que está sendo aplicado neste ano. O benefício está atingindo cerca de 39 milhões de brasileiros. Outro fator que também contribuiu é a média de mortes por covid-19, que apesar de ainda estar muito alta, vem diminuindo nos últimos meses.
A pesquisa XP/Ipespe mostrou que o índice de quem considera o atual governo ótimo ou bom aumentou de 27% para 29%. Já o total de pessoas que o consideram ruim ou péssimo foi de 48% para 49%. Por fim, o índice de quem considera o governo regular foi de 24% para 20%. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.
“Interrompe-se a tendência de queda das curvas de avaliação e de aprovação do governo Bolsonaro, o que também se reflete nas suas intenções de voto nos diversos cenários pesquisados” afirma Antônio Lavareda, cientista político.
Eleições 2022
O índice das intenções de voto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também apresentou melhora, segundo a pesquisa. Foi observada uma polarização entre o atual presidente e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições que irão ocorrer no ano que vem.
Cenário espontâneo
No cenário espontâneo o eleitor aponta seu candidato sem que nomes sejam apresentados pelo entrevistador. Para este cenário as intenções de voto são:
- Jair Bolsonaro- 25%;
- Lula -21%;
- Ciro Gomes (PDT) -3%;
- João Dória (PSDB), João Amoedo (Novo), Sérgio Moro (sem partido)- 1%.
É importante ressaltar que a diferença percentual entre Bolsonaro e Lula está na margem de erro da pesquisa.
Cenário estimulado de primeiro turno
No cenário estimulado, o entrevistador apresenta as opções para que o eleitor escolha. Neste cenário as intenções de voto são:
- Lula, Bolsonaro-29%;
- Ciro Gomes-9%;
- Sérgio Moro-8%;
- Luciano Huck-5%;
- João Doria, Luiz Henrique Mandetta (DEM) -3%;
- Guilherme Boulos (PSOL)-2%.
Outros candidatos ficaram sem pontuar. Indecisos, votos nulos e em branco somam 14% dos entrevistados. Lula manteve o percentual que havia obtido em abril. O atual presidente Jair Bolsonaro aumentou suas intenções de voto em 1 ponto percentual.
Segundo turno
Em um possível segundo turno disputado entre Lula e Bolsonaro o empate técnico persiste. Lula se manteve em 42%, e o atual presidente oscilou de 38% para 40%, na margem de erro.
Em outros cenários de segundo turno, Bolsonaro aparece em empate técnico com Ciro Gomes (39% e 38% respectivamente), Sérgio Moro (32% a 30%), Luciano Huck (38% a 34%). O atual presidente venceria Guilherme Boulos e João Doria de 40% a 31%. Bolsonaro teve oscilação positiva em todos os cenários apresentados.