Imposto de Renda: saiba como declarar os rendimentos no exterior no IRPF 2023
O Imposto de Renda é uma obrigação tributária que afeta milhões de contribuintes em todo o mundo. Para aqueles que possuem rendimentos no exterior, é essencial compreender como esses valores devem ser declarados e quais as implicações fiscais envolvidas.
Os rendimentos no exterior englobam todas as formas de ganhos financeiros obtidos por um contribuinte fora do seu país de residência. Isso pode incluir salários, aluguéis, dividendos, juros, ganhos de capital e outros.
Dessa forma, é importante destacar que, independentemente do local onde os rendimentos são gerados, eles devem ser devidamente declarados à Receita Federal no momento da declaração do Imposto de Renda.
Como fazer a declaração dos rendimentos no exterior
Para declarar corretamente os rendimentos no exterior no IRPF 2023, o contribuinte deve utilizar o programa oficial da Receita Federal, conhecido como “Programa Gerador da Declaração” (PGD).
Nesse programa, é necessário preencher as informações detalhadas sobre os rendimentos obtidos no exterior, como país de origem, valor recebido e informações sobre eventuais impostos pagos no exterior.
Consequências da omissão de rendimentos no exterior
Segundo informações oficiais, a omissão dos rendimentos no exterior na declaração do IRPF pode acarretar em penalidades e consequências indesejadas para o contribuinte. Haja vista, a Receita Federal possui mecanismos de cruzamento de informações que permitem identificar inconsistências e irregularidades nas declarações.
Dessa forma, caso seja constatada a omissão de rendimentos no exterior, o contribuinte estará sujeito a multas que podem variar de acordo com o valor não declarado, além de juros sobre o imposto devido. Portanto, é fundamental estar em conformidade com as obrigações fiscais para evitar problemas futuros. Ao se preparar para o ano-base 2022, os contribuintes devem prestar atenção especial ao tratamento das receitas auferidas no exterior.
Regras e obrigações fiscais
No Brasil, os contribuintes que possuem rendimentos no exterior devem estar atentos às regras específicas estabelecidas pela Receita Federal. Dessa forma, é necessário verificar se existe algum tratado internacional para evitar a dupla tributação entre o país de origem dos rendimentos e o Brasil, além de observar os limites de isenção e as alíquotas aplicáveis.
Contudo, caso haja a obrigação de recolher impostos tanto no exterior quanto no Brasil, é possível utilizar o mecanismo de compensação para evitar a bitributação. Ao trabalhar com rendimentos gerados fora do país de origem, a operação exige a consideração das diferentes formas e meios de obtenção de rendimentos, devido a diferentes ordens estabelecidas em jurisdições estrangeiras. Dessa forma, os rendimentos recebidos do exterior devem ser declarados pelos contribuintes residentes em países sujeitos à declaração do IRPF 2023.
Critérios
Contudo, o principal critério para a determinação desta obrigação aplica-se a quem aufere rendimento tributável, a quem efetua ajustes na declaração, bem como, na situação em que o valor anual é superior. Desta forma, caso o contribuinte tenha auferido rendimentos no exterior durante o ano, essa informação deverá constar na declaração de Imposto de Renda.
Isso também se aplica a pessoas que, por exemplo, trabalham no exterior por apenas um mês e ganham dinheiro no exterior, bem como pessoas que ganham dinheiro com aplicações financeiras ou vendem mercadorias fora do Brasil.
Controle internacional
O Brasil possui regras especiais para a troca de informações fiscais e financeiras com outros países. Portanto, as informações sobre rendimentos recebidos do exterior podem ser encontradas na Orientação Normativa nº. 1680/2016 e 1681/2016 da Receita Federal.
Dessa maneira, o segundo ponto muito relevante quando se trabalha com renda estrangeira é considerar o imposto de residência. Em outras palavras, regras diferentes se aplicam aos contribuintes que residem no Brasil e são considerados “não residentes” para fins fiscais. Essas condições são regidas pela Instrução Normativa SRF nº. 208/2002. Para comprovar a condição de residente fiscal, o contribuinte deve atender à Portaria Normativa RFB nº. 1226/2011.