História do Brasil: Resumão sobre a Revolta da Armada
A Revolta da Armada (1891 – 1894) foi um motim que ocorreu na Marinha do Brasil no Rio de Janeiro, nessa época ela era conhecida como “Armada”.
A revolta teve início devido o fechamento do Congresso pelo então presidente Deodoro da Fonseca em 1891 e chega ao fim em 1984 já no governo de Floriano Peixoto.
Desse modo, a rebelião pode ser dividida em duas formas:
- Primeira Revolta da Armada – Governo Deodoro da Fonseca
- Segunda Revolta da Armada – Governo Floriano Peixoto
Conflitos internos podem aparecer nas provas de vestibulares, assim como no ENEM. Por isso vale a pena entender o que foi a Revolta da Armada, acompanhe!
Objetivos da Revolta da Armada
A Primeira Revolta Armada buscava a reabertura do Congresso e acabar com o estado de sítio imposto pelo presidente Deodoro da Fonseca. Outro ponto, era a busca por melhores salários, assim como, maior destaca para a Marinha no governo.
Posteriormente, a Segunda Revolta Armada afrontava a enorme repressão do governo Floriano Peixoto, por conta da Revolução Federalista no sul brasileiro. As lideranças dos movimentos se reuniram e discutiram uma possível união.
Conheça as causas
A Marinha não estava contente com o governo e os rumos que a República estava seguindo. Afinal de contas, os dois presidentes até então representavam o exército, tal qual o período ficou conhecido como “República da Espada”.
A saber, a Marinha tinha ligações com a monarquia, por conta disso, não aderiu e nem apoio a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.
Por conseguinte, se tornaram apoiadores da saída de Floriano Peixoto e apoiavam a entrada do Almirante Custódio de Melo (1840 – 1902), que tinha o desejo de tornar-se presidente.
Por isso, a Revolta da Armada foi chefiado por Custódio de Melo e Saldanha da Gama, entre outros oficiais.
Primeira Revolta da Armada (1891)
A Primeira Revolta Armada aconteceu por conta do fechamento do Congresso e o estado de sítio imposto pelo presidente Deodoro da Fonseca.
O motim começou em 1891 liderado pelo Almirante Custódio de Melo. Os revoltosos tomaram os navios de guerra que estavam no Rio de Janeiro e passaram a patrulhar a baía de Guanabara, com o lançamento de bombas na cidade.
Houve então um intenso conflito que acabou resultando com a renúncia de Deodoro da Fonseca em 1891.
Segunda Revolta da Armada (1892 – 1894)
A Segunda Revolta Armada, surgiu por conta da insatisfação contra o governo de Floriano Peixoto. Ademais, de acordo com a Constituição de 1891 se o presidente não cumprisse 2 anos de mandato, um novo pleito deveria ocorrer.
Dessa forma, 13 generais assinaram um manifesta, exigindo que o presidente convocasse novas eleições. Como resposta Floriano ordenou que todos os oficiais fossem presos.
Por conta disso, Luis Felipe de Saldanha da Gama e Custódio José de Melo lideram a apreensão de navios na Baía de Guanabara, atacando a cidade do Rio de Janeiro e Niterói.
Com forte repressão por parte do exército, alguns manifestantes se juntam com a Revolução federalista no sul brasileiro. Diante o conflito no Rio de Janeiro, parte da população saiu da cidade. Além disso, a capital se transferiu para a cidade de Petrópolis.
Revolução Federalista
Os movimentos aconteceram na mesma época, a Revolução Federalista aconteceu no sul do país. A guerra civil desencadeada pela revolução teve embate entre os federalistas e o exército republicano.
O conflito consistia na defesa de dois modelos de república: descentralizado e centralizado. No ano de 1894, Custódio de Melo decide rumar para o sul com um navio para apoiar os federalistas contra o presidente.
Contudo, o navio foi abatido em Santa Catarina, pondo fim ao conflito. Ademais, a Ilha do Desterro ficou marcada pelas disputas sangrentas, impostas pela repressão com prisões e fuzilamentos. O impacto foi tão grande que posteriormente a cidade passou a se chamar Florianópolis.
A repressão do governo foi avassaladora, tanto que a vitória atingiu em cheio os cofres públicos que acabaram comprando navios para combater os revoltosos.
Por fim, Custódio de Melo rumou para Buenos Aires e só retornou ao país após ter anistia concedida. Em contrapartida, Saldanha da Gama morreu em batalha no ano de 1895.