Greve Geral de 1917: tudo o que você precisa saber
O termo “Greve Geral de 1917” é usado para definir um movimento de operários e comerciantes de São Paulo que aconteceu nos meses de junho e julho de 1917.
O tema é extremamente abordado por questões de história do Brasil dentro dos vestibulares e da prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa forma, para te ajudar, o artigo de hoje trouxe um resumo com tudo aquilo que você precisa saber sobre a Greve Geral de 1917. Confira!
Greve Geral de 1917: definição
Como mencionado, a Greve Geral de 1917 foi um movimento iniciado por operários de São Paulo durante os meses de junho e de julho. Os grupos de trabalhadores se manifestavam a favor de melhores condições de trabalho e aumento de salário.
Greve Geral de 1917: antecedentes históricos
No final do século XIX, após a segunda revolução industrial de 1860, os operários de diversos países europeus passaram a reivindicar melhores condições de trabalho e melhores pagamentos. Os países pioneiros nesse tipo de movimento são, principalmente, a Inglaterra, Espanha e Alemanha.
Em 1917, o mundo assistia a Primeira Guerra Mundial, que, por sua vez, arruinava as economias dos países europeus. Com isso, o Brasil conheceu as suas primeiras fábricas no mesmo ano. Dessa maneira, diversos trabalhadores rurais irão migrar para a cidade em busca de emprego e de melhores oportunidades.
Contudo, na época, as condições de trabalho nas fábricas eram péssimas e insalubres. As jornadas podiam durar até 16 horas por dia e até mesmo crianças faziam parte da mão de obra.
A situação mudou com a chegada de imigrantes italianos e espanhóis, que vieram trabalhar nas fábricas de São Paulo e que começaram começaram a divulgar os princípios anarquistas e socialistas através de jornais. Eles chamaram a atenção dos trabalhadores para a necessidade de organização para conseguirem melhores condições e direitos.
Greve Geral de 1917: características
A greve começou na fábrica Crespi, localizada no bairro da Moca em São Paulo. A fábrica empregava mais de 200 trabalhadores. Porém, o movimento acabou por se difundir por mais fábricas do bairro, promovendo a adesão de mais operários.
Ao longo de todo mês de junho várias fábricas aderiram à greve. Em 8 de julho foi criado o Comitê de Greve. O estopim da greve acontece no dia seguinte, quando a polícia mata o sapateiro José Martinez e causa revolta entre os operários.
Em 12 de julho, a greve foi decretada. São Paulo parou: a cidade amanheceu com fábricas, comércios e transportes sem funcionar.
Depois de forte repressão policial e negociações, os trabalhadores conseguiram um aumento de 20% do salário, direito de associação e a não demissão dos grevistas. Com isso, o fim da greve foi decretado no dia 16 de julho de 1917.