O auxílio emergencial pode voltar a ser pago com o valor de R$250 em 2021. A confirmação veio por meio do ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou de uma conversa online com o ex-secretário do Tesouro Nacional e atual economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida.
“As camadas protetivas que eram 600, caíram para 300, agora podem descer digamos pra 250”, disse o ministro, emendando a sua fala ao comentário de que recebeu pedidos para prorrogação do benefício do presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o benefício foi cobrado pelos novos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente.
O ministro Paulo Guedes defende, para prorrogação do auxílio emergencial, a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de Guerra. Segundo ele, sem a PEC, o pagamento do auxílio emergencial não poderia ser feito por medidas como o teto de gastos e a regra de ouro.
Guedes voltou a confirmar que vai “anunciar algumas novidades” nos próximos dias. Segundo ele, os programas sociais precisam de contrapartida, como o congelamento de salários de servidores públicos. Ele negou que novos impostos vão aumentar, considerando que alguns tributos podem ser substituídos ou criados.
Bolsa Família
Além de falar sobre o auxílio emergencial, Guedes fez elogios ao Bolsa Família. “Você quer acabar com a pobreza? Dá o dinheiro na mão do pobre e ele decide o que fazer. E foi o que o PT fez com o Bolsa Família. Um belíssimo programa, e foi um sucesso”, reconheceu.
“Eles atingiram 40 milhões de brasileiros e merecidamente foram reeleitos algumas vezes, porque fizeram um bom programa social”, completou o ministro.
Entretanto, Guedes ressalvou que os programas sociais deste tipo precisam vir acompanhados de responsabilidade fiscal. “Tudo isso tem que ter bom fundamento fiscal, se não se perde, como se perdeu”, disse.