O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última sexta-feira (12) que as pessoas o agradecem pelas medidas econômicas quando o encontram no supermercado, por exemplo. Ele também declarou não ter vaidade e que não geraria uma “confusão econômica”.
“Não contem comigo para uma possível confusão na economia. Não tenho vaidade, aspirações financeiras. (…) Se a resultante for negativa, ou vou ser demitido, ou me demitir”, informou Guedes. “Eu entro no supermercado, as pessoas me agradecem. Isso me recompensa mais que qualquer elogio”, completou.
As falas são de uma entrevista ao portal de notícias Jota.
Guedes também disse que algumas declarações são até melhores que elogios. Ele contou que escuta das pessoas: “Olha, nós rezamos pelo senhor, estamos sentindo o que o senhor está fazendo por nós”.
Questionado sobre a oposição Guedes disse que não iria sair no grito e que teria outras preocupações. “Não vou sair no grito. Não adianta ofender. Tô mais preocupado com 200 mil brasileiros do que com militantes atacando, inventando narrativas. Saio se não puder ser útil ao Brasil, seja por falta de confiança do presidente, seja porque estamos indo para o caminho errado”, disse.
Na entrevista ele ainda falou sobre a pandemia do Covid-19. Ele disse ser a favor da vacinação de massa e ver a vacina como uma alternativa para diminuição do desemprego. “A coisa mais importante para fazer agora é a vacinação em massa. Isso traz dois efeitos importantes. Derrubamos o desemprego e a taxa de mortalidade rápido, assim, todos nós voltamos ao trabalho”, concluiu Guedes.
As declarações fora, dadas após rumores que Guedes estaria de “aviso prévio” ou, pelo menos, analisando a hipótese de deixar o cargo no governo.
Uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial está próxima e poderá acontecer em abril. Mas, o valor de R$ 600, deve ficar no passado. O valor médio defendido e estipulado agora é de R$ 250.
Guedes defendeu que aumentar o valor seria “dar um cheque em branco” e causar a alta da inflação e dos juros . “Se fizermos isso [dar um auxílio maior], a inflação, que está subindo rapidamente, vai passar de 6% [ao ano] até julho. Por enquanto está setorial, mas está começando a ficar generalizada. Aí ela vai embora, vai para 7%, 8%. Juro vai para 9%, 10% [ao ano]. Aí o Brasil começa a entrar em colapso por falta de compromisso com o protocolo fiscal”, explicou.