Grupo envia proposta de auxílio de renda mínimo para candidatos

Grupo envia nova proposta de auxílio de renda mínimo para candidatos

Grupo formado por integrantes de governos passados envia proposta de criação de auxílio de renda mínimo para o ano de 2023

O que será do Auxílio Brasil a partir do ano de 2023? A resposta para esta pergunta ainda é incerta. É em um contexto de imprecisão sobre o tema que começam a surgir propostas para os benefícios sociais do Governo em janeiro. Nesta sexta-feira (5), um grupo de ex-integrantes de governos passados enviou um documento que idealiza uma renda básica.

A proposta tem autoria dos economistas Bernard Appy, Francisco Gaetani e Pérsio Arida, do professor da FGV Direito SP Carlos Ari Sundfeld, do sociólogo e economista Marcelo Medeiros e do cientista político Sérgio Fausto. O documento já foi enviado para algumas pré-candidaturas presidenciais, mas sem previsão de valores.

De acordo com a proposta, o gasto anual com a nova renda básica seria em suma, igual ao que o Governo Federal já paga hoje com o Auxílio Brasil de R$ 600. Entretanto, a ideia aqui é substituir o desenho do projeto por algo que ganhe o financiamento pela tributação das pessoas de alta renda. Em resumo, os mais ricos pagariam os depósitos dos mais pobres.

A proposta indica a criação de uma espécie de Poupança Seguro Família, que poderia ser financiada pelo poder público. Os usuários poderiam ser trabalhadores formais e informais de baixa renda, assim como acontecia com o antigo Auxílio Emergencial. Nesse sentido, é provável que o número de usuários do programa aumente.

O documento prevê que o gasto com este novo projeto de renda básica não extrapole o teto de gastos públicos, criando um novo dispositivo que permitiria este tipo de despesa. Assim, o presidente da república, seja ele quem for, não precisaria comprometer a regra de limite de uso do dinheiro público no ano de 2023, de acordo com o documento.

Candidaturas

Segundo as informações do jornal Folha de São Paulo, o texto em questão já foi oficialmente enviado para as pré-candidaturas do ex-presidente Lula (PT), do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), da senadora Simone Tebet (MDB) e de Luiz Felipe d’Ávila (NOVO).

O documento considera que estas seriam as candidaturas “comprometidas com a democracia e com o estado de direito”. Nesse sentido, os especialistas decidiram não enviar a proposta para a equipe do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os analistas classificaram o governo atual como “sem princípios e sem competência, que produz retrocessos institucionais deliberados e compromete gravemente o futuro do país”, diz o documento oficial.

O Auxílio Brasil hoje

No último mês de julho, o Congresso Nacional aprovou a chamada PEC dos Benefícios. O documento aponta para uma série de alterações em programas sociais do poder executivo já no decorrer deste segundo semestre do ano.

Especificamente sobre o Auxílio Brasil, há a previsão de elevação dos valores de R$ 400 para R$ 600, além do aumento no número de beneficiários em mais de 2,2 milhões. As alterações começam a valer a partir da próxima semana.

Seja como for, a PEC dos Benefícios prevê que as alterações só terão validade até o final deste ano. Embora o presidente Jair Bolsonaro venha dizendo que poderá manter os valores em 2023, oficialmente ainda não há nada confirmado sobre o tema.

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