Greve do Tesouro atrasa divulgação de dados da dívida pública

Greve do Tesouro atrasa divulgação de dados da dívida pública, diz Governo

Segundo Governo Federal, divulgação de novos dados sobre a dívida pública foi adiada devido ao movimento de greve dos servidores

A greve dos servidores do Tesouro Nacional começa a ter impacto dentro do Governo Federal. De acordo com as informações oficiais, a divulgação dos dados da dívida pública de abril foi oficialmente adiada. Sendo assim, a liberação dos números estava prevista para acontecer ainda nesta semana, mas não ocorrerá neste momento.

Nesse meio tempo, duas entrevistas coletivas estavam marcadas para esta semana. Na última quarta-feira (25), o Tesouro iria divulgar os dados da dívida pública do mês de abril. Da mesma forma, no dia 30 de maio, o órgão faria a divulgação de um balanço da situação das contas públicas. Entretanto, o Governo Federal já anunciou oficialmente o cancelamento das duas coletivas.

Quando os números serão divulgados? Ninguém sabe ainda. O próprio Tesouro disse que neste primeiro momento só é possível afirmar que as coletivas não acontecerão. “Informaremos com a devida antecedência quando o calendário for retomado”, disse o órgão por meio de uma nota enviada para a imprensa.

Por outro lado, os servidores do Tesouro Nacional aprovaram o movimento grevista no último dia 17 de maio, mas o movimento só teve início nesta segunda-feira (23). A princípio, a decisão de entrada na greve contou com o apoio de 71,5% dos participantes da assembleia. O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) é o órgão responsável pela votação.

Entre outros pontos, os servidores do Tesouro Nacional pedem melhorias nas condições de trabalho. Além disso, os servidores cobram uma reestruturação de carreira, bem como o reajuste salarial para a categoria. Por fim, o último ponto é, portanto, o mais polêmico. Contudo, mesmo diante de algumas sinalizações do Governo Federal, os servidores decidiram por manter o movimento grevista.

Servidores do Banco Central

Servidores do Banco Central (BC) também estão em greve. Dentre os principais motivos alegados estão: melhores condições de trabalho, além de um reajuste salarial para toda a categoria.

Os servidores do BC entraram em greve ainda no último mês de abril. Logo depois de uma série de rodadas de negociação com a diretoria da Instituição, os trabalhadores decidiram dar uma pausa no movimento grevista.

No entanto, eles optaram pelo retorno da paralisação depois que o Governo Federal supostamente não ter cumprido sua parte no acordo. Portanto, os servidores do BC retomaram a greve no dia 3 de maio.

Impacto da greve

Seja como for, os movimentos grevistas dos servidores federais já provocam impactos no cotidiano do trabalhador. No caso específico da greve dos servidores do Tesouro, há o adiamento da divulgação de dados das contas públicas.

Da mesma forma, a paralisação dos servidores do Banco Central adiou a segunda fase do Sistema de Valores a Receber (SVR). A princípio, o plano era liberar os dados a partir do dia 2 de maio. Por causa da greve, houve um adiamento da data. Além disso, não há um novo prazo.

Nesta semana, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram voltar ao trabalho. Por fim, a paralisação que durou quase dois meses, fez com que a fila de espera para o recebimento de benefícios da autarquia aumentasse em mais de 200 mil pessoas. Por fim, o presidente da autarquia, Guilherme Pinheiro Serrano, garantiu que conseguirá diminuir o tamanho do problema.

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