Durante sua campanha presidencial, o presidente Lula (PT) prometeu retomar o Minha Casa Minha Vida. Assim, logo no início de seu mandato, em fevereiro, o Governo Federal criou uma Medida Provisória (MP) para dar efeito imediato ao programa. Agora, o presidente está prestes a sancionar o projeto de lei que oficializa a retomada.
O Minha Casa Minha Vida foi criado em 2009 como um programa habitacional que busca proporcionar moradias populares às pessoas. Isso aconteceu durante o segundo mandato de Lula. Em comparação com o mercado imobiliário convencional, o programa oferece condições mais acessíveis para que aqueles que são elegíveis possam adquirir suas próprias casas, tanto em áreas urbanas como rurais. O financiamento dos imóveis é realizado pelos bancos públicos federais, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Cadastro no Minha Casa Minha Vida é feito por faixas
Para se cadastrar no programa, é necessário determinar em qual faixa de renda a família se enquadra. O programa divide as famílias em faixas (1, 2 e 3) com base na renda. No caso das famílias da Faixa 1, o primeiro passo é se dirigir à prefeitura local para efetuar o cadastro. Em seguida, as famílias concorrem aos imóveis por meio de sorteio. Uma vez selecionada para receber uma unidade habitacional, a família será informada sobre os detalhes para assinar o contrato de compra do imóvel.
Já para as famílias das Faixas 2 e 3, o processo é diferente. Elas têm a liberdade de escolher as unidades nas quais desejam morar, podendo fazer uma simulação no site da Caixa para conhecer as condições e optar pela proposta que melhor se ajuste ao orçamento. Em nenhum dos casos deve ser cobrada qualquer taxa para realizar o cadastramento.
Quem pode participar do programa Minha Casa Minha Vida?
O programa é dividido em faixas de renda, onde cada faixa corresponde a uma categoria específica. Na Faixa 1, estão as famílias com renda mensal bruta entre 2 mil e 2.640 reais. Na Faixa 2, a renda familiar bruta mensal deve estar entre 2.640,01 e 4,4 mil reais. Já a Faixa 3 abrange famílias com renda entre 4,4 mil e 8 mil reais. É importante ressaltar que esses valores são referentes à renda familiar, incluindo todos os membros, e são aplicáveis para famílias que vivem em áreas urbanas.
Para as áreas rurais, as faixas de renda são divididas por ano. A Faixa 1 inclui famílias com renda anual de até 31.680 reais. A Faixa 2 abrange renda anual entre 31.608,01 e 52.800 reais. E a Faixa 3 é destinada a famílias com renda anual entre 52.800,01 e 96 mil reais.
É importante mencionar que esses valores não levam em conta benefícios sociais, como Bolsa Família, auxílio-doença, seguro-desemprego ou Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Quais são as mudanças no novo programa?
A nova versão do programa trouxe algumas alterações significativas. A Faixa 1, por exemplo, é uma novidade nesta versão, não contemplada no programa anterior. O governo pretende destinar cerca de metade das unidades financiadas para famílias dessa faixa.
As principais mudanças incluem a redução das taxas de juros para financiamento dos imóveis, o aumento do subsídio concedido para auxiliar na compra das moradias e o aumento do valor máximo dos imóveis disponíveis no programa.
Para as famílias da Faixa 1 que vivem no Nordeste e no Norte, a taxa de juros foi reduzida de 4,25% para 4% ao ano. Já para as famílias da mesma faixa, mas residentes no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, os juros foram reduzidos de 4,5% para 4,25% ao ano. Outra mudança importante foi o aumento do valor do subsídio do FGTS, que passou de 47,5 mil para 55 mil reais. Esse subsídio pode ser utilizado pelas famílias das Faixas 1 e 2.
Com o aumento do valor máximo dos imóveis a serem financiados, mais famílias poderão adquirir imóveis por meio do programa. Para as famílias das Faixas 1 e 2, o valor máximo dos imóveis varia entre 190 mil e 264 mil reais, dependendo da localização. Já para as famílias da Faixa 3, o valor máximo passou de 264 mil para 350 mil reais.