Desde o último dia 17 de novembro, cidadãos de todo o país estão recebendo a nova parcela do Auxílio Brasil do Governo Federal. O valor do benefício é de R$600, mas neste mês de novembro, a média de pagamentos é superior!
De acordo com o Ministério da Cidadania, a média de liberações para as famílias está na casa dos R$ 607,57. O número está dentro da média mensal que foi registrada nos meses anteriores.
É importante atentar para não confundir este dado. Os R$ 607,57 são referentes a uma média de pagamentos. Em novembro, o valor mínimo segue sendo de R$ 600. A média é um pouco mais alta porque considera que alguns cidadãos recebem um valor mais elevado conforme a soma dos benefícios internos do projeto.
O que é possível constatar é que há poucos casos de pessoas que recebem muito mais do que os R$ 600 mínimos. Esta informação contrasta com a promessa do Ministro da Economia, Paulo Guedes, feita ainda no início dos pagamentos do Auxílio Brasil. Na ocasião, ele chegou a dizer que várias famílias poderiam receber até mais de R$ 1 mil depois da soma interna. Não aconteceu.
De toda forma, é importante frisar que o programa segue batendo recordes no número de atendidos. Nesta semana, o Ministério da Cidadania anunciou que mais de 21,53 milhões de pessoas estão aptas ao recebimento do benefício social. Trata-se de um recorde na história do jovem programa. Houve um aumento de mais de 400 mil indivíduos em relação ao que se registrou em outubro.
O atual formato do Auxílio Brasil, com pagamentos mínimos de R$ 600 por família, está confirmado ao menos até o mês de dezembro deste ano de 2022. Para 2023, ainda não há uma confirmação sobre o que vai acontecer. O governo eleito ainda está negociando os últimos pontos junto aos representantes do Congresso Nacional.
Membros do governo de transição na área de Desenvolvimento Social já anunciaram que a equipe do presidente eleito vai preparar um grande pente fino nas contas do benefício no início do próximo ano.
A ideia geral é encontrar possíveis irregularidades nas contas do Auxílio Brasil. Há a avaliação interna de que algumas famílias se desmembraram no Cadúnico apenas com o intuito de receber mais do programa social.
Em entrevista, a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse que o novo governo vai fazer também uma série de mudanças no sistema do Cadúnico, sistema que abre espaço para as seleções do Auxílio Brasil.
“Não vamos fazer alterações bruscas. O presidente vai assumir, chamar prefeitos, chamar a rede de assistência social, conversar com a sociedade para retomar esse processo de reconstrução do Bolsa Família, seja do ponto de vista da equidade, olhando a composição da família. Agora, as condicionalidades, vamos retomar imediatamente”, disse a ex-ministra.
“Hoje um homem que mora sozinho e uma mãe com duas crianças com menos de três anos de idade ganham a mesma coisa, R$ 600. Um ganha R$ 600 per capita e outro R$ 200 per capita”, afirmou. “Precisamos retomar esse desenho (do Bolsa Família), garantir mais equidade. Agora, isso não pode ser feito de supetão, como o governo Bolsonaro fez”, completou ela.
“Os R$ 600 serão mantidos. Vamos fazer uma construção para começar a retomar a cara do Bolsa Família, que olhava também a composição familiar. Tivemos um problema de destruição do desenho do Bolsa Família”, disse Campello.