Os motoristas do Brasil receberam uma grande notícia nesta semana. Após elevar o preço da gasolina no final de janeiro, a Petrobras anunciou uma redução no valor do litro do combustível.
De acordo com a estatal, o preço da gasolina A comercializada para as distribuidoras do país ficará 3,92% mais barata. Assim, o valor do litro da gasolina, que estava custando R$ 3,31, passará a ser vendido a R$ 3,18. Isso representa uma redução de 13 centavos no valor do combustível.
Essa é a primeira queda promovida pela Petrobras em 2023 e sucede a alta de 7,46% realizada em 25 de janeiro. Aliás, mesmo com a diminuição anunciada pela estatal, a gasolina continua mais cara que em 2022, quando encerrou o ano com o litro custando R$ 3,08.
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Diesel também fica mais barato
Além disso, a Petrobras também reduziu o preço do litro do diesel A nesta semana. Em síntese, o preço médio de venda para as distribuidoras passará de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro. Isso corresponde a uma redução de 1,95%, ou oito centavos por litro.
Embora o recuo seja menor que o da gasolina, essa é a sexta redução consecutiva promovida pela Petrobras ao longo dos últimos sete meses. Confira abaixo as datas em que a estatal reduziu o valor do combustível comercializado para as distribuidoras do país:
- 5 de agosto de 2022: preço do litro caiu de R$ 5,61 para R$ 5,41;
- 12 de agosto de 2022: preço do litro do caiu de R$ 5,41 para R$ 5,19;
- 20 de setembro de 2022: preço do litro do caiu de R$ 5,19 para R$ 4,89;
- 7 de dezembro de 2022: preço do litro do caiu de R$ 4,89 para R$ 4,50;
- 8 de fevereiro de 2023: preço do litro caiu de R$ 4,50 para R$ 4,10;
- 1º de março de 2023: preço do litro cai de R$ 4,10 para R$ 4,02.
Em resumo, a Petrobras reduziu em 28,3% o valor do diesel vendido para as distribuidoras entre agosto de 2022 e março de 2023. Dessa forma, aliviou o bolso dos motoristas do país, com uma diminuição de R$ 1,59 no preço do litro do diesel.
Entenda a redução nos preços dos combustíveis
Segundo a Petrobras, a redução anunciada nesta semana busca o equilíbrio dos preços com os mercados nacional e internacional. Em suma, isso acontecerá “através de uma convergência gradual”.
Aliás, a companhia afirmou que tais mudanças contemplam as “principais alternativas de suprimentos” dos seus clientes. Ao mesmo tempo, as mudanças também concebe a “participação de mercado necessária para a otimização dos ativos”.
“A companhia, na formação de preços de derivados de petróleo e gás natural no mercado interno, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, informou a Petrobras em nota oficial.
Vale destacar que o preço da gasolina vendida às distribuidoras estava custando R$ 3,09 no início de 2022. Ao longo do ano passado, o valor do combustível sofreu várias oscilações, principalmente por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia. Contudo, a gasolina encerrou 2022 custando R$ 3,08, ou seja, o valor não acumulou alta no ano, apesar de chegar a R$ 4,06 em junho.
Consumidores pagam mais caro
Os preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras para as distribuidoras são bem menores que os pagos pelos consumidores do país. Em síntese, os valores nas bombas de combustíveis são impactados por outras variáveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.
De acordo com a Petrobras, a parcela da companhia no preço repassado ao consumidor será, em média, de R$ 2,32 após a redução promovida. Esse percentual se refere ao combustível que tem mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos.
Já no caso do diesel, “considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,62 a cada litro vendido na bomba”, explicou a estatal.
Gasolina ficou mais cara no país
Os motoristas do país devem preparar o bolso. De um lado, a ala econômica defende a volta dos impostos sobre combustíveis, pois isso gera uma arrecadação de milhões de reais aos cofres públicos.
Por outro lado, a ala política teme um desgaste da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o encarecimento dos combustíveis. Além disso, há também um temor sobre o aumento da inflação, que eleva o custo de vida da população.
Seja como for, a Medida Provisória (MP) publicada pelo governo federal no início do ano, prorrogando a isenção dos combustíveis, chegou ao fim nesta terça-feira (28).