As orações coordenadas são elementos fundamentais na construção de frases complexas em língua portuguesa. Elas permitem que os escritores combinem ideias de maneira coordenada, criando uma variedade de estruturas sintáticas.
Neste artigo, exploraremos em detalhes as orações coordenadas, discutindo suas definições, tipos, classificações, conectivos e exemplos.
Definição
O termo “oração coordenada” refere-se a uma unidade sintática que consiste em duas ou mais orações independentes que estão relacionadas entre si por meio de coordenação. Em outras palavras, as orações coordenadas são estruturas gramaticais que possuem sentido completo e que, quando combinadas, mantêm sua independência.
Tipos de Orações Coordenadas
Há na língua portuguesa cinco tipos principais de orações coordenadas, cada um com suas características específicas:
- Orações Coordenadas Aditivas:
As orações coordenadas aditivas são aquelas em que as orações relacionadas expressam ideias que se somam ou adicionam uma à outra. Os principais conectivos usados nesse tipo são “e,” “nem,” “não só… mas também” e “também.”
Exemplo: Ele gosta de estudar, e ela adora ler.
- Orações Coordenadas Alternativas:
Nas orações coordenadas alternativas, as orações relacionadas apresentam opções ou alternativas. Os principais conectivos usados são “ou,” “ou… ou,” “ora… ora,” “quer… quer,” entre outros.
Exemplo: Você pode escolher entre pizza ou sushi para o jantar.
- Orações Coordenadas Adversativas:
As orações coordenadas adversativas estabelecem uma relação de oposição ou contraste entre as orações relacionadas. Os principais conectivos incluem “mas,” “porém,” “contudo,” “todavia,” “entretanto” e “no entanto.”
Exemplo: Ele estudou muito, mas não conseguiu passar na prova.
- Orações Coordenadas Explicativas:
Nas orações coordenadas explicativas, uma das orações explica ou justifica a outra. O conectivo “pois” aparece frequentemente para estabelecer essa relação.
Exemplo: Ele não foi trabalhar, pois estava doente.
- Orações Coordenadas Conclusivas:
As orações coordenadas conclusivas indicam uma consequência ou conclusão em relação à oração principal. O conectivo “logo” é um dos usos possíveis nesse contexto.
Exemplo: Ele estudou bastante, logo passou na prova.
Classificações das Orações Coordenadas
Além dos tipos mencionados acima, as orações coordenadas também têm classificação de acordo com a presença ou ausência de conectivo:
- Orações Coordenadas Assindéticas: São orações coordenadas que não apresentam conectivo. Nesse sentido, elas estão ligadas apenas pela entonação e pela pausa natural da fala ou escrita. Exemplo: Estudei, passei, conquistei.
- Orações Coordenadas Sindéticas: São orações coordenadas que são conectadas por meio de conjunções, sejam elas aditivas, adversativas, alternativas, explicativas ou conclusivas. Exemplo: Estudei, mas não passei.
Orações Coordenadas no Vestibular
O tópico das orações coordenadas aparece no vestibular de diversas maneiras. Por exemplo, questões relacionadas a erros gramaticais comuns envolvendo orações coordenadas, como a falta ou uso incorreto de conectivos, podem ser apresentadas para avaliar a capacidade dos candidatos de identificar e corrigir esses problemas.
Pode haver também questões que solicitem que o candidato identifique como as orações coordenadas contribuem para o significado global do texto, destacando sua função dentro do contexto.
Independentemente da forma como o tópico das orações coordenadas é abordado em uma prova, uma compreensão sólida dos conceitos e usos desse elemento da gramática é fundamental para obter um bom desempenho nas questões relacionadas a esse tema.
Veja o exemplo de questão abaixo:
(Uerj 2001) “O racismo não é apenas uma ideologia social e política. É também uma teoria que se pretende científica.”
O trecho acima contém dois períodos que, embora sejam sintaticamente independentes, estão unidos por uma certa relação de sentido. Utilizando conectivos, reescreva este trecho em um só período composto por orações coordenadas, de modo que a relação de sentido seja mantida.
Resposta da questão:
Um dentre os períodos:
– O racismo não é apenas uma ideologia social e política, mas também uma teoria que se pretende científica.
– O racismo é não só uma ideologia social e política, mas ainda uma teoria que se pretende científica.
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