Após sugestão de Lula, o novo presidente eleito do Brasil para o próximo ano, a expectativa é que a variação do preço do combustível por região somente passaria a valer em 2023, levando em contas as necessidades existentes em cada refinaria do Brasil. Com isso, as regiões do país passariam a ter preços distintos.
O combustível foi um dos principais problemas enfrentados durante a gestão do Governo Bolsonaro, que decidiu manter a política de paridade de preços internacionais. Com a valorização do preço do barril de petróleo e a alta do dólar, tanto o preço da gasolina como também do diesel passaram por reajustes constantes.
Por conta da alta pressão popular, o governo teve de propor mudanças na forma de como seria cobrado o ICMS, além de zerar impostos federais como o Cide e Pis-Cofins, o que levou os combustíveis a registrar uma queda quase que imediata.
Entenda como a isenção de impostos federais impacta no preço final do combustível
Com a isenção dos impostos federais, que deverá terminar em 31 de dezembro de 2022, o novo Governo de Lula estaria estudando um possível retorno e que seria colocado em discussão muito em breve.
Antecipando a situação, a equipe de transição que está realizando todos os trâmites juntamente ao próximo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, já estaria sendo pensado como realizar a implementação de mudanças que possam flexibilizar a política de preços da Petrobras ao longo de 2023.
O objetivo neste momento seria reduzir a influência atual que a cotação do petróleo no mercado internacional tem sobre o valor final do combustível nos postos.
Uma fase de novas metodologias
Fontes próximas ao tema estão indicando que a principal ideia do novo governo é substituir a atual paridade de preço internacional por uma política que pudesse nacionalizar os preços, tendo em vista o poder de compra do brasileiro que é abaixo da média do que é registrado no exterior, sobretudo nos países de primeiro mundo.
O ponto principal seria realizar uma calibragem de acordo com as regiões. Por isso haveria uma espécie de valor como referência, que seria criado pela Agência Nacional do Petróleo, com as características regionais norteando o processo.
Mudança começaria pelas refinarias
A mudança começaria com a identificação das áreas que servem de maior influência para a grande quantidade de refinarias que estão espalhadas pelo país. Neste processo, seria levado em conta também o volume de importação que se faz necessário para atender em cada região.
Ao considerar os custos de importação e que variam para cada localidade, isso iria gerar preços diferentes. Para as regiões com a maior participação em importação, o preço internacional acaba ganhando uma maior relevância.
O resultado final seria a cobrança de preços distintos nas refinarias da Petrobras. Essa medida iria resultar em mudança da ordem comercial, já que atualmente a estatal pratica os mesmos preços de combustível para qualquer unidade do país. Por outro lado, o mercado segue atento para os próximos movimentos que envolvam a estatal.