A fila de espera para entrada em benefícios previdenciários segue crescendo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) mostram que atualmente mais de 1,3 milhão de brasileiros de todas as regiões estão esperando por uma resposta.
Os números em questão são referentes ao mês de março, e foram obtidos pelo IBDP via Lei de Acesso à Informação. Em comparação com os números registrados em janeiro deste ano, podemos dizer que estamos falando de um aumento de 6% no tamanho da fila de espera do INSS.
Ao mesmo passo em que a fila de espera do INSS cresceu nos primeiros meses do ano, o tempo médio de espera por uma resposta caiu. De acordo com os dados divulgados nesta semana pelo IBDP, o cidadão precisa esperar, em média, 71 dias por uma resposta. Em janeiro deste ano, este prazo médio estava atingindo a marca dos 85 dias.
De todo modo, é importante destacar que as situações são complexas e costumam variar de acordo com o benefício previdenciário que está sendo solicitado pelo cidadão.
Auxílio de inclusão à pessoa com deficiência
Pensão por morte
Auxílio-reclusão
Auxílio por incapacidade temporária (pós-perícia)
Aposentadoria por incapacidade permanente
Auxílio-acidente previdenciário
Aposentadoria por idade
Aposentadoria por tempo de contribuição
Pensão por síndrome de Talidomida
Salário maternidade
Amparo Social a pessoa com deficiência
Amparo Social ao Idoso
Auxílio por incapacidade temporária acidentária
Auxílio por incapacidade permanente acidentária
Auxílio acidente
Números totais
Em entrevista recente, o Ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) reconheceu o problema causado pelo aumento da fila de espera para entrada em benefícios do INSS. Ele disse que vai precisar encontrar mais espaço no orçamento para conseguir reduzir a lista de espera.
O argumento do Ministro parte da ideia de que a partir do momento em que o Governo Federal insere mais pessoas no sistema do INSS, mais dinheiro terá que ser realocado dos cofres públicos.
“Além do crescimento vegetativo por ano, que é 1 milhão, você vai ter de 800 mil a 900 mil a mais. Então nós temos também que montar nossa posição para as contas de pagamento dessas pessoas”, disse o Ministro.