Governo irá propor Imposto de Renda maior para ricos e imposto sobre transação financeira
Assessor especial do Ministério da Economia deu detalhes sobre reforma tributária
Guilherme Afif Domingos, assessor especial do Ministério da Economia, deu mais detalhes sobre a reforma tributária que o governo irá apresentar. Entre as propostas da reforma estão o aumento do limite de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), alíquota maior aos mais ricos, redução das deduções e taxação de transações financeiras.
Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que a proposta de reforma será entregue ao Congresso aos poucos, em partes. A primeira parte foi entregue há dez dias, no dia 21 de julho. De acordo com o G1, as partes restantes podem ser entregues em parte única, em agosto.
Entre as mudanças que Afif adiantou que serão propostas estão o aumento da isenção, do atual R$ 1.903,99 por mês para cerca de R$ 3 mil e a diminuição da atual mais alta alíquota de 27,5%. Atualmente, existe dedução por despesa médica por dependentes e por despesas educacionais; essas deduções seriam reduzidas. A taxação de transações seria o retorno do imposto sobre a distribuição de lucros e dividendos para as pessoas físicas, semelhante ao que existia no Brasil até 1996.
O assessor não informou qual seria o valor da alíquota para os mais ricos. Para comparação, países com alíquotas altas cobram: 47,5% na Alemanha (quanto maior a renda, maior a alíquota), 45% na China e 61,85% na Suécia. Nos Estados Unidos, a alíquota varia entre 10% e 37%. A faixa nos Estados Unidos muda de acordo com a condição do cidadão (solteiro, casado que faz declaração separado ou chefe de família).