Está no ar a primeira chamada do Programa Mais Ciência na Escola, que aplicará R$ 100 milhões na criação de mil laboratórios maker. Em resumo, são espaços de prototipagem e inovação, onde estudantes podem dar vida às suas ideias e projetos – em escolas públicas, priorizando as dos anos finais do ensino fundamental situadas em áreas de alta vulnerabilidade social.
Produto de parceria entre os ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), com execução do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa busca transformar a educação básica, promovendo um futuro digital e científico inclusivo e inovador para todos os estudantes, no âmbito da educação integral.
“A juventude tem sede de ciência. Uma pesquisa do INCT Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia com jovens de todo país mostrou que eles valorizam a ciência, mas sentem-se distantes dela e são mais vulneráveis a fake news. Por isso, é urgente fazer algo a respeito”, afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
A ministra anunciou o Mais Ciência nas Escolas na entrega da premiação da 18ª Olimpíada Brasileira de Matemática, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente Lula, do presidente do CNPq, Ricardo Galvão, e da diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Oliveira.
Vale destacar que os recursos têm origem no Programa Conecta e Capacita Brasil, uma das 10 linhas de investimento definidas pelo Conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em 2023, no âmbito da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI.
A iniciativa integra a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas e o Programa Escola em Tempo Integral, que visa a oferecer letramento digital e educação midiática, combater a desinformação e diversificar a expansão do tempo escolar através da aprendizagem baseada em investigação, experimentação científica e abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), com foco no protagonismo dos estudantes.
A chamada tem como objetivo selecionar propostas de Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) para constituir redes estaduais.
Na prática, as propostas devem incluir planos de atividades que promovam o letramento digital e a educação científica e tecnológica para estudantes e professores da educação básica.
O programa se propõe a implantar laboratórios maker em escolas públicas, criando espaços equipados onde os estudantes podem transformar ideias em projetos colaborativos, criativos e reflexivos, promovendo o letramento digital e a educação científica pela experimentação prática.
Então, além de financiar os laboratórios, os recursos irão apoiar a formação de professores por parte das ICTs proponentes e promover a participação de professores e estudantes bolsistas das universidades nas escolas, incentivando a curricularização da extensão.
Para essas iniciativas, serão concedidas bolsas do CNPq para coordenadores estaduais e de redes, professores das escolas participantes, especialistas externos, e estudantes de graduação, ensino médio e anos finais do ensino fundamental.
Fonte: Agência Gov