Gasolina e outros combustíveis sofrerão novos aumentos pela Petrobras
Após um período de quase 80 dias sem aumentos, a Petrobras realizou ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras. O anúncio foi feito terça-feira (11) pela companhia, em nota à imprensa e os reajustes começaram a valer a partir de ontem (12).
De acordo com a principal refinaria brasileira, o último aumento no valor médio do litro da gasolina ocorreu no dia 26 de outubro do ano passado e desde então o preço cobrado pela Petrobras para a gasolina chegou a ser reduzido em R$ 0,10 litro, quando o litro recuou em 3,13%, para R$ 3,09.
Com o anúncio realizado na terça, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou desses R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. Para o diesel, o preço médio de venda para as distribuidoras subirá de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,11 por litro”, salientou a Petrobras, na nota.
Possível privatização da Petrobras
Para o Governo Federal , uma possível solução para os preços alarmantes dos combustíveis seria a privatização da Petrobras. Sobre isso, Bolsonaro confirmou que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o futuro da empresa energética e a opção de privatização, hipótese que ele admitiu ser “complicada.”
Ainda sobre a privatização da empresa, Bolsonaro afirmou que o processo “não é só botar na prateleira” e alfinetou a “burocracia” envolvendo a aprovação da privatização completa de estatais, afirmando que teria “privatizado muito mais” se não fosse necessária a aprovação da Câmara dos Deputados.
Além disso, Jair Bolsonaro voltou a criticar o cálculo do ICMS e o “beneficiamento” dos estados com o aumento do combustível. “A forma de calcular o ICMS é injusta. O ganho de governadores, toda vez que há reajuste no combustível, é muito grande”, afirmou.
ICMS calculado sobre a gasolina
O Presidente disse que, como alternativa, segue negociando com o Congresso para fazer com que cada um dos 26 Estados brasileiros fixem um valor nominal para o ICMS, imposto incidente sobre o produto.
“A gente busca na Câmara um PL para que o ICMS tenha um valor nominal, não percentual, fixo para todo o Brasil. Como as negociações não avançaram, pedimos que o Congresso faça com que cada Estado fixe nominalmente o valor de seu ICMS. Assim cada Estado teria, como tem atualmente, a liberdade de fixar um percentual”, completou.
A explicação que a própria Petrobras deu para o aumento dos preços da gasolina e outros combustíveis está em vários fatores, mas, principalmente, no valor do petróleo e no câmbio. “Os ajustes refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio”, afirma a empresa.