O Banco Bradesco fará uma reestruturação na sua rede de agências físicas do país. Quem disse isso foi o próprio Presidente do banco, Octavio de Lazari, em declaração nesta quarta-feira (5). De acordo com ele, a equipe vai reduzir o número desses pontos físicos.
E como não poderia deixar de ser diferente, muitos empregados da equipe estão temendo algum processo de demissão em massa. oficialmente falando, o banco não deu essa informação, mas os empregados temem que com um número menor de agências, menos empregados precisem trabalhar.
Tudo isso faz parte do Plano de Reestruturação do Banco. A ideia central do Bradesco é mesmo tentar economizar. Os diretores do banco, aliás, estão falando que a situação financeira do país não é boa neste momento, e nem a do banco segundo ele.
De acordo com as informações oficiais do próprio Bradesco, o banco pretende fechar até 400 agências até o final deste ano. Se essa previsão se confirmar, então eles terão fechado cerca de 1.500 pontos físicos entre o início de 2020 e o final de 2021.
“Somos um banco de praticamente 80 anos e temos agências de mil ou dois mil metros quadrados. Os espaços necessários para atender os clientes confortavelmente podem ser bem menores diante desse atual cenário”, afirmou Lazari, o Presidente do Bradesco.
Demissões no Bradesco
Embora seja natural que os funcionários do Bradesco acabem ficando apreensivos diante dessa situação, o fato é que o Banco afirmou que não espera demitir muita gente este ano. Isso porque, ainda de acordo com eles, o objetivo agora é mesmo conseguir diminuir a quantidade de agências. Esse é o foco.
No entanto, o Presidente do banco não descartou publicamente a possibilidade de demissões dos seus funcionários. Isso porque sabe-se que a situação econômica do Brasil não está boa. Assim, algumas pessoas ainda podem sofrer com esse período pandêmico.
“Em relação ao time, fizemos o que precisava ser feito. Temos áreas agora que estão contratando muita gente, principalmente em TI e analytics [área que usa dados e análises para ajudar na tomada de decisão e no relacionamento com o cliente. Podemos ainda ter alguns ajustes, mas não vemos nenhuma mudança significativa para este ano. O foco é sempre adequar o custo de serviço aos resultados do banco”, completou o Presidente.
Situação no Brasil
As pessoas normalmente possuem medo de demissões. No entanto, agora a situação ficou ainda mais apreensiva para muita gente. É que perder um emprego formal agora é muito perigoso. Isso porque o país está muito longe de estar em pleno emprego.
Para tentar atender pelo menos uma parte dessas pessoas, o Governo Federal retomou os pagamentos do Auxílio Emergencial no último mês de abril. De acordo com as informações oficiais, mais de 40 milhões de pessoas estão recebendo o dinheiro nesse momento.
Segundo informações do Ministério da Cidadania, que responde pelo Auxílio, o Governo Federal só pode gastar até R$ 44 bilhões nos pagamentos do benefício. De acordo com o Planalto, eles gastaram cerca de R$ 8 bilhões. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que há uma possibilidade de aumentar essas parcelas, mas isso vai depender da evolução da pandemia no Brasil.