Médicos têm até esta terça-feira (27) para realizar a inscrição para participar da primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira, conhecido como Revalida. Os profissionais que estão interessados devem correr para realizar o procedimento através do Sistema Revalida.
Este prazo também é válido para as solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social. Para realizar a inscrição, é necessário ser um médico brasileiro que tenha um diploma internacional, ou ainda um estrangeiro que tenha diploma internacional, e que está no Brasil em situação de legalidade.
O que muda no Revalida?
O cidadão precisa atentar para as regras desta nova edição do Revalida. Isso porque alguns pontos estão diferentes se compararmos com edições anteriores. Uma das novidades é que declarações e cerificados de conclusão de curso serão aceitos nos casos em que o participante já tiver concluído o determinado curso, mas ainda estiver aguardando a expedição do diploma.
As provas do Revalida em 2023 serão aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que também é responsável pelo Enem. Os exames objetivos e discursivos serão aplicados no dia 6 de agosto nas seguintes cidades:
- Brasília;
- Campo Grande;
- Curitiba;
- Porto Alegre;
- Porto Velho;
- Recife;
- Rio Branco;
- Salvador;
- São Paulo.
Abaixo, você pode conferir o calendário completo de etapas do Revalida deste ano:
- Inscrições: 21 a 27 de junho;
- Solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social: 21 a 27 de junho;
- Análise dos diplomas, certificados ou declarações: 30 de junho a 4 de julho;
- Divulgação da nota de corte: 6 de julho de 2023;
- Divulgação do Cartão de Confirmação da Inscrição: 25 de julho;
- Aplicação: 6 de agosto;
- Divulgação do gabarito e do padrão de resposta (versões definitivas): 8 de setembro;
- Resultado final da 1ª etapa: 2 de outubro.
Mais Médicos
Também nesta terça-feira (27) acaba o prazo para que prefeituras interessadas em receber profissionais através do programa Mais Médicos enviem as solicitações ao Governo Federal. De acordo com as informações oficiais, todos os mais de 5,5 mil municípios brasileiros podem realizar o pedido.
Embora qualquer município possa se inscrever no projeto, o fato é que o Ministério da Saúde vai selecionar as cidades que estariam com uma carência maior. Terão preferência:
- Município com índice maior ou igual a 0,4 no Ipea: oportunidade de solicitar um aumento de até 100% das Equipes de Saúde da Família;
- Municípios com pontuação de vulnerabilidade entre 0,3 e 0,4: solicitação de até 40% do aumento do número de equipes;
- Municípios com pontuação de vulnerabilidade igual ou inferior a 0,3 pontos: aumento de até 10% do total de equipes.
Vale lembrar que nesta nova versão do Mais Médicos, a ideia é aplicar um modelo de coparticipação entre a União e os municípios. Em resumo, a ideia é que o Ministério da Saúde desconte do repasse do piso da Atenção Primária o custeio mensal dos médicos.
Já os municípios ficariam responsáveis pelos pagamentos de adicionais como o auxílio-moradia, e o auxílio-alimentação, por exemplo. Todas as demais despesas poderiam ser pagas também pelo Governo Federal.
Nesta segundo rodada de contratação, a ideia do Ministério é disponibilizar mais de 10 mil novas vagas para várias cidades do país. Na primeira rodada, a pasta disponibilizou pouco menos de 6 mil vagas. A expectativa da União é ultrapassar a marca do 15 mil médicos até o final deste ano de 2023.
Para tentar prender a atenção dos médicos, o Ministério promete conceder uma série de bonificações e premiações para quem cumprir algumas regras. Profissionais que aceitarem trabalhar em locais mais remotos do país poderiam ter ganhos maiores. Quem aceitar passar mais tempo nestas localidades, também.
“Os profissionais também terão benefícios proporcionais ao valor da bolsa pelo tempo de permanência no programa e por atuação em áreas de alta vulnerabilidade. Esses incentivos podem chegar a R$ 120 mil”, informou o Ministério da Saúde.