Feriado de 09 de julho: conheça a Revolução Constitucionalista
O dia 09 de julho é um feriado no estado de São Paulo em comemoração à Revolução Constitucionalista, que aconteceu em 1932.
O assunto pode ser cobrado por questões de história do Brasil, principalmente nos vestibulares, em concursos públicos e na prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Assim, para que você aproveite o feriado para conhecer esse evento histórico, o artigo de hoje trouxe um resumo completo sobre a Revolução de 1932. Confira!
O que foi a Revolução de 1932?
A Revolução de 1932, também conhecida como Revolução Constitucionalista, foi uma revolta que aconteceu em São Paulo durante a Era Vargas.
O movimento começou no dia 9 de julho de 1932 e durou praticamente poucos meses Os revoltosos exigiam a criação de uma nova Constituição para o Brasil, uma vez que a ordem constitucional havia sido interrompida com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
Revolução de 1932: a ascensão de Vargas
Para compreender a Revolução de 1932, é importante que você entenda como aconteceu o processo de ascensão de Getúlio Vargas, uma vez que ele é uma figura importante no período.
No início da década de 1930, o Brasil passava por um período conturbado do ponto de vista político e econômico. Após a crise econômica do ano de 1929, que começou nos Estados Unidos e que gerou impactos globais, o presidente Washington Luís lançou a candidatura de Júlio Prestes para a sua sucessão, contrariando o acordo político vigente. A decisão gerou insatisfação entre uma parte dos políticos e, nesse contexto, a oposição liderada por Getúlio Vargas se organizou para tomar o poder.
Com apoio de diversos setores da política e das forças armadas, Getúlio Vargas assumiu o poder por meio da Revolução de 1930. O novo presidente decidiu suspender a Constituição de 1891, que estava em vigor até então, e decretar o fim da chamada República Velha, inaugurando um período de governo: a Era Vargas. O governo de Vargas foi dividido pelos estudiosos em três fases: Governo Provisório (1930-1934) Governo Constitucional (1934-1937)
Revolução de 1932: contexto histórico
O estado de São Paulo já possuía grande relevância nacional no ano de 1930, quando Getúlio tomou o poder. Contudo, o cenário político se tornou conturbado quando Vargas passou a acumular poderes, ordenando o fechamento o Congresso.
Além disso, outro agravante foi o fato de que eleições presidenciais e uma nova Assembleia Nacional Constituinte deveriam ter sido convocadas, mas isso não ocorreu. É válido lembrar que até aquele momento o governo de Vargas era somente provisório.
Ao mesmo tempo, Vargas decidiu que iria nomear interventores para governar os estados do país. Porém, os interventores governavam de acordo com o interesse do governo federal, o que incomodou o estado de São Paulo, especialmente após a nomeação de um interventor no estado.
Em maio do mesmo ano, as forças de Getúlio assassinaram quatro jovens estudantes durante uma manifestação na cidade de São Paulo: Mário Martins Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade. O acontecimento consolidou a revolta dos paulistanos e o apoio da classe média paulista à causa constitucionalista. Em homenagem, os sobrenomes dos jovens foram usados para criar a sigla MMDC, símbolo da Revolução de 1932.
Quais foram as consequências do conflito?
A Revolução de 1932 foi reprimida pelo governo federal, uma vez que as tropas de Getúlio Vargas eram superiores em número e recursos.
Contudo, é preciso destacar que os membros do movimento atingiram o seu objetivo principal, uma vez que uma nova Constituição foi promulgada por Getúlio Vargas em 1934.
Além disso, a Revolução de 1932 se tornou um marco na mobilização popular e na consolidação da identidade paulista. Até os dias de hoje, o movimento é considerado um marco na história de São Paulo e um símbolo de resistência contra a opressão. A data de 09 de julho é um feriado estadual em São Paulo, comemorado para lembrar o movimento organizado pelos constitucionalistas.