Exemplos de vocativo e aposto - Notícias Concursos

Exemplos de vocativo e aposto

Pode aparecer precedido por interjeição

O vocativo é um chamado, invocação ou apelo. Ele é usado quando o falante quer dialogar com o ouvinte, isto é, quando o falante chama, nomeia ou invoca a pessoa com quem deseja conversar.

O vocativo é usado no discurso direto, apresentando com frequência uma entonação apelativa e exclamativa. Ele deve aparecer entre vírgulas ou com outro sinal de pontuação que passe esse destaque, o ponto de reticências e exclamação são alguns exemplos. O vocativo pode aparecer acompanhado de interjeições de apelo, a mais comum é a interjeição “ó”.

O vocativo pode aparecer no início, meio ou final das frases, porém não tem relação sintática com os demais termos da oração. Ele é um termo que não tem dependência, não pertencendo nem ao sujeito, nem ao predicado.

Exemplos de vocativos

  • Filha, já estou aqui!
  • Ó Maria, você pode parar com essa gritaria toda?
  • Espera, meu bem, que já estou saindo!
  • Venha, Antônio, está na hora do almoço.
  • Não coma tão depressa, garoto!
  • Você viu a brincadeira no recreio, professora?
  • Ah, filha! Que malcriação desnecessária!
  • Alunos!
  • Daniel!

Formação do vocativo

O vocativo pode ser constituído por:

Substantivos – Marina, hora de fazer o dever de casa.

Adjunto adnominal – Força, minha querida, nós estamos chegando.

Pronomes pessoais do caso reto – Atenção, você, ande mais devagar.

Vocativo e aposto

O aposto e o vocativo costumam confundir a cabeça das pessoas com frequência. Para que isso não aconteça é preciso ficar ligado à diferença que existe entre eles. O aposto tem ligação sintática com outro termo da oração, já o vocativo não cria relação sintática com nenhum termo da oração.

Aposto: Aquele menino, o Eduardo, ainda não almoçou.

Vocativo: Eduardo, venha almoçar!

Com esses exemplos podemos visualizar o que o aposto Eduardo está se referindo ao substantivo criança, explicando. Já o vocativo Eduardo é um termo, que não tem relação com os outros termos da oração.

O aposto também pode aparecer ou não destacado por sinais de pontuação. O vocativo sempre estará destacado com sinais de pontuação.

Aposto destacado com sinais de pontuação:

Guilherme, a filha do casal, declarou que ficaria em casa.

Aposto não destacado com sinais de pontuação:

A filha do casal Guilherme declarou que ficaria em casa

Vocativo sempre destacado com sinais de pontuação:

Filho, é importante ficar em casa!

Sinais de pontuação

Os sinais de pontuação são sinais gráficos que ajudam na coesão e coerência de textos. Esses sinais também têm a função de estabelecer a ordem estílica.

Os sinais de pontuação são: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (…), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).

Vocativo e vírgula

Consegue identificar o erro no trecho abaixo?

Oi querida. Tudo bem?

Caso tenha percebido que faltava a vírgula entre “Oi” e “querida”, você acertou.

Forma correta: Oi, querida. Tudo bem?

A falta da vírgula do vocativo é um dos erros de português mais comuns.

Observe alguns exemplos do emprego da vírgula na forma correta:

  • Alberto, vamos ao teatro?
  • Obrigado, professor.
  • Bom dia, Luciana.
  • Boa noite, meu amigo.
  • Boa tarde, Sarah.
  • Olá, Matilde.
  • Olá, pessoal.
  • Tudo bem, minha tia?
  • Parabéns, meu amor!
  • Feliz aniversário, meu anjo!
  • Querida irmã, desejo-lhe boa prova.
  • Oi, amigo.
  • Oi, querido.
  • Oi, meu amor.
  • Oi, galera!
  • Oi, gente!
  • Traga logo, meu amor, o presente que você me prometeu.
  • Na vida, querida, não se pode ter tudo.
  • Espere, Adriano, que eu já estou chegando.

É obrigatório o uso da vírgula para separar o vocativo do resto da oração

Se a vírgula do vocativo não for empregada, o sentido da frase pode ser mudado.

Veja essas frases:

  • Você viu o funcionário Roberto?
  • Vou lhes contar outro caso pessoal.
  • Ouça minha amiga.
  • Você conhece Ana?
  • Não é minha amiga?
  • Não é mesmo Ricardo Silva?

Agora, com vírgula:

  • Você viu o funcionário, Roberto?
  • Vou lhes contar outro caso, pessoal.
  • Ouça, minha amiga.
  • Você conhece, Ana?
  • Não é, minha amiga?
  • Não é mesmo, Ricardo Silva?

O sentido da frase pode ser mudar completamente. Por isso, não podemos ignorar a importância da vírgula do vocativo. Ela é obrigatória.

Vocativo na carta

Em uma carta o vocativo aparece logo depois do local e da data. Neste tipo de texto, o vocativo pode ser substituído por expressões de saudações ou estar junto ao nome. Veja a seguir um exemplo.

Salvador, 15 de Maio de 2019

Querido amigo,

Estou com muitas saudades, e não vejo a hora de estarmos juntos novamente!

Por aqui estamos todos bem, somente a saudade que nos incomoda. Mas estamos nos preparando para a grande viagem até sua casa.

Já fiz vários planos para aproveitarmos muito estas férias.

Um forte abraço…

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