Economia

Estatísticas fiscais: Banco Central atualiza dados sobre a economia

O Banco Central do Brasil (BCB) atualizou, no dia 31 de outubro de 2022, dados referentes às estatísticas fiscais.

Estatísticas fiscais: Banco Central atualiza dados sobre a economia

Segundo recente atualização do Banco Central do Brasil (BCB), o setor público consolidado registrou superávit primário de R$10,7 bilhões em setembro de 2022, ante superávit de R$12,9 bilhões em setembro de 2021. 

Governo Central

O Governo Central – que engloba o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central – e os governos regionais apresentaram, na ordem, superávits de R$11,1 bilhões e de R$321 milhões. As empresas estatais registraram déficit de R$688 milhões. 

Nos doze meses encerrados em setembro, o superávit primário do setor público consolidado atingiu R$181,4 bilhões, equivalente a 1,93% do PIB.

Juros nominais

Além disso, os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$71,4 bilhões em setembro de 2022, comparativamente a R$55,0 bilhões em setembro de 2021, ressalta o Banco Central do Brasil (BCB).

A taxa Selic e o swap cambial

Além do aumento na taxa Selic, contribuiu para essa evolução a piora no resultado das operações de swap cambial (perda de R$24,7 bilhões em setembro de 2022 e de R$16,8 bilhões em setembro de 2021). 

Acumulado até setembro

Nos doze meses acumulados até setembro, os juros nominais somaram R$592,0 bilhões (6,29% do PIB), comparativamente a R$351,8 bilhões (4,17% do PIB) nos doze meses até setembro de 2021, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).

Dados oficiais apontam déficit de R$60,6 bilhões

Conforme destaca o Banco Central do Brasil (BCB), o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$60,6 bilhões em setembro de 2022. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$410,6 bilhões (4,36% do PIB), elevando-se 0,16 p.p. em relação ao déficit acumulado até agosto de 2022.

Dívida Líquida do Setor Público (DLSP)

A DLSP atingiu 58,3% do PIB (R$5,5 trilhões) em setembro, mantendo-se praticamente estável em relação ao mês anterior (58,2% do PIB), destaca o Banco Central do Brasil (BCB). 

Para esse resultado contribuíram os juros nominais apropriados (+ 0,8 p.p.), o efeito da variação da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (+ 0,5 p.p.), a desvalorização cambial de 4,4% (-0,6 p.p.), o crescimento do PIB nominal (-0,5 p.p.) e o superávit primário (-0,1 p.p.), ressalta a divulgação oficial.

No ano, o aumento de 1,1 p.p. na relação DLSP/PIB foi influenciado pelos juros nominais apropriados (+4,6 p.p.), pelo efeito da variação da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (+1,7 p.p.), a valorização cambial acumulada de 3,1% (+0,6 p.p.), o crescimento do PIB nominal (-4,5 p.p.) e o superávit primário acumulado (-1,4 p.p.), destaca o Banco Central do Brasil (BCB).