Estados já gastaram mais de R$ 4,6 bilhões em auxílios estaduais
De acordo com as informações oficiais, estados já gastaram quase R$ 5 bilhões com pagamentos de auxílios estaduais
Não é só o Governo Federal. De acordo com as informações de gestões estaduais, os estados brasileiros e o Distrito Federal já somaram mais de R$ 4,6 bilhões em pagamentos de auxílios emergenciais para a população carente desde o início desta pandemia do novo coronavírus no Brasil.
E a tendência é de crescimento. É que mesmo diante da diminuição no número de casos da Covid-19 no país, há uma pressão pela continuidade desses pagamentos. Isso porque se entende que a situação da economia no Brasil ainda está longe de ser normalizada. Há aumentos notáveis em itens como botijão de gás, combustível, conta de luz e até a cesta básica.
Esses auxílios, aliás, não seguem as mesmas regras. Cada um possui, portanto, as suas próprias especificidades. No geral, no entanto, dá para dizer que a grande maioria deles está atendendo pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. Seja em questão de pobreza ou mesmo de extrema pobreza.
A grande maioria deles também está exigindo inscrições no Cadúnico. Para quem não sabe, essa é a lista do Governo Federal que reúne o nome dos brasileiros que estão em situação de vulnerabilidade social no Brasil neste exato momento.
Além disso, boa parte deles estão atendendo pessoas que não estão recebendo nenhuma ajuda do Governo Federal neste momento. Quem recebia Bolsa Família ou o Auxílio Emergencial, por exemplo, estava encontrando muito mais dificuldades para conseguir entrar nesses benefícios estaduais. Isso quando se olha de uma maneira geral.
Exemplos de auxílios
Em Curitiba, por exemplo, a Prefeitura da cidade criou uma espécie de auxílio alimentação. Pessoas em situação de extrema-pobreza receberam um cartão para gastar apenas em armazéns credenciados. Nesses locais dá para comprar comida, materiais de limpeza e produtos de higiene pessoal.
Há também auxílios em dinheiro vivo. O estado de Minas Gerais acabou de pagar um projeto de R$ 600 em parcela única para mais de 1 milhão de pessoas. A Prefeitura de Belo Horizonte vai começar a repassar em dezembro seis ciclos de R$ 100 cada.
Há ainda exemplos de auxílios direcionados. No Nordeste, os estados irão começar a liberar um benefício em dinheiro para órfãos de pessoas que morreram de Covid-19. Em São Paulo, há um programa para ajudar a pagar o gás.
Época de eleição
Há uma questão importante neste momento. É que estamos prestes a entrar em um ano eleitoral. Em 2022, o Brasil vai às urnas para escolher o Presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
Então neste momento, se imagina que esses políticos que estão no poder estão mais sensíveis aos problemas sociais neste momento. Muitos estão cedendo às pressões de parte importante do eleitorado.
Em entrevista recente, o próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Governo Federal também vem sofrendo esse tipo de pressão eleitoral. Ele disse, aliás, que esse foi o motivo do aumento do valor para a casa dos R$ 400. O poder executivo, no entanto, garante que não tem pretensões eleitorais ao pagar o Auxílio Brasil ou qualquer outro programa social.