Pequenos detalhes podem transformar moedas comuns em verdadeiras raridades cobiçadas por colecionadores desses objetos. Um desses detalhes é o chamado “boné”, um tipo de erro de cunhagem onde o disco da moeda é descentralizado, causando uma aparência única e, por vezes, valiosa.
O que é o “boné” em moedas?
O “boné” refere-se a um deslocamento do disco da moeda durante o processo de cunhagem. Esse deslocamento resulta em uma moeda onde os desenhos e inscrições não estão perfeitamente centralizados. Dependendo da extensão do deslocamento, o boné pode variar em três níveis principais:
- Nível 1: Deslocamento mínimo, onde todos os elementos do design da moeda ainda estão visíveis, embora ligeiramente descentralizados.
- Nível 2: Deslocamento mais pronunciado, com alguns elementos da moeda parcialmente fora do disco ou desaparecendo na borda.
- Nível 3: Deslocamento extremo, onde partes significativas do design, como a data ou elementos decorativos, estão ausentes.
A moeda de 10 centavos de 2010 com boné nível 1
Essa moeda de 10 centavos de 2010 que você vai conhecer aqui possui um boné nível 1, o que significa que há uma descentralização visível, mas todos os detalhes da moeda ainda são reconhecíveis. Esse tipo de erro, embora menos dramático do que os níveis superiores, ainda adiciona um fator de interesse e potencial valor à moeda.
Moedas com boné são consideradas “anomalias de produção” e, dependendo de sua raridade e do interesse do mercado, podem alcançar valores superiores aos de moedas padrão. No caso específico dessa moeda de 10 centavos, a presença de um boné nível 1 a torna uma peça interessante para colecionadores que apreciam esses erros de fabricação.
O valor dessa unidade que você observa na imagem abaixo vale exatamente R$ 150. Esse é o preço solicitado pela plataforma de venda TN Moedas. No entanto, vale notar que nem toda moeda de “boné” vai valer a mesma quantia. Para determinar o valor, deve-se levar em conta outros fatores.
Diferença de valor entre os níveis de boné
O valor de uma moeda com boné pode aumentar significativamente à medida que o nível do erro se torna mais pronunciado. Moedas com boné nível 2, por exemplo, onde elementos cruciais do design começam a desaparecer, são mais raras e, portanto, mais valorizadas.
Já as moedas com boné nível 3, que mostram uma descentralização extrema, são verdadeiras joias numismáticas, muitas vezes com valores substancialmente mais altos. Esses níveis mais altos de boné são menos comuns, o que eleva seu apelo entre os colecionadores.
A importância da condição da moeda também não pode ser subestimada. Lembra-se quando foi dito que o erro de cunhagem não é o único ponto importante? O que ocorre é que mesmo moedas com erros de cunhagem, como o boné, são avaliadas com base em seu estado de conservação.
Dessa forma, moedas em estado “Flor de Cunho” (FC) – que não apresentam sinais de uso – geralmente alcançam preços mais altos, independentemente do tipo de erro. Portanto, uma moeda de 10 centavos de 2010 com boné nível 1 em estado FC pode ser uma peça ainda mais valiosa do que a mesma moeda em estado de conservação inferior.
Por que essas moedas são valiosas?
Erros de cunhagem como o boné são relativamente raros em comparação com moedas emitidas corretamente. Essa raridade, combinada com o interesse de colecionadores em peças únicas ou incomuns, pode aumentar o valor de mercado dessas moedas. Além disso, erros de produção são intrigantes porque oferecem uma visão sobre os processos de fabricação e controle de qualidade das casas da moeda.
Para colecionadores, possuir uma moeda com um erro de cunhagem não é apenas uma questão de valor monetário, mas também de curiosidade e apreciação pela história da numismática. Essas moedas contam histórias sobre falhas e peculiaridades no processo de cunhagem, que, de outra forma, passariam despercebidas.
No caso dessa moeda, embora a mesma não seja tão valiosa quanto moedas com erros mais chamativos, sua singularidade ainda lhe confere um lugar especial no mercado. Se você encontrar uma dessas moedas, aliás, vale a pena consultá-la com um especialista para uma avaliação adequada, considerando tanto o nível do erro quanto o estado de conservação da peça.