Especialistas pedem a anulação do novo ensino médio (entenda!)

Ministério da Educação abriu uma consulta pública sobre o tema

Pesquisadores e especialistas em educação de todo o país têm criticado e pedido ao governo a anulação do novo ensino médio, estabelecido por meio de uma lei em 2017. Todavia, a classe indica que a efetivação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, publicadas no ano de 2012 seja usada em substituição.

Ademais, na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) abriu uma consulta pública, com o objetivo de analisar e possivelmente, reformular a política nacional relacionada à educação. Os especialistas, no entanto, afirmam que existe uma necessidade urgente de se anular a lei que estabelece o novo ensino médio.

A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Jabes Beatriz, afirma que depois da anulação do novo ensino médio, será necessário que o governo Federal converse com estudantes, professores e demais profissionais da educação. Dessa forma, ele irá formular e estabelecer um novo modelo de ensino.

Muitos especialistas têm criticado o governo dizendo que o diálogo entre os envolvidos com a educação no país é importante, mas que o MEC não se apresenta disponível para discutir as propostas. De fato, a discordância é consequência da demanda de estudantes e professores pela anulação do novo ensino médio.

Reforma do ensino médio 

Para muitos pesquisadores educacionais, há uma desorganização das redes de ensino, problemas relacionados à grade curricular, e estudantes com uma formação desqualificada. Analogamente, a consulta do MEC estabeleceu um prazo de 90 dias, para que os estudantes e professores de todo o país se manifestem.

Para que se faça uma discussão acerca do novo ensino médio, haverão audiências públicas, seminários, oficinas de trabalho, e pesquisas de âmbito nacional com estudantes, professores e gestores escolares. O assunto tratado será a vivência do novo ensino médio e suas particularidades, em todos os estados da federação.

Estima-se que o prazo de 90 dias não seja suficiente, e isso atrapalharia a discussão sobre o assunto que já está em andamento em todo o território nacional. Afirma-se que o Governo Federal não está disposto a realizar uma alteração da estrutura do ensino médio e nem a sua anulação, mas sim, realizar alguns ajustes.

A princípio, os especialistas educacionais esperam a revogação da Medida Provisória (MP) estabelecida no governo de Michel Temer (MDB), que teve inúmeros problemas, como por exemplo, o fato de sua estrutura ser diferenciada em cada estado. Eles afirmam que existem 27 tipos de ensino médio no Brasil.

Diferença estrutural

Professores têm criticado o novo ensino médio afirmando que o modelo estabelecido existe apenas para atender as empresas, e não tem o intuito de formar realmente os estudantes. O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), assegura que a consulta do governo tem como objetivo orientar a pasta para a tomada de decisão.

“Já identificamos que há necessidade de correções, necessidade de um bom debate. Porém, acho que é do processo democrático, até porque o ensino médio já está em andamento na sua implementação. É importante ouvir as entidades, os especialistas da área, os estudantes, professores”. disse Santana.

O Governo afirma que sua meta é garantir uma qualidade, e um bom ensino médio para os jovens. Segundo o ministro, é preciso agir com rapidez. As instruções das políticas públicas sobre a educação servirão como base para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano que vem.

O novo ensino médio foi estabelecido em 2017 com o objetivo principal de atrair os estudantes para que eles não abandonassem os estudos. Uma parte das aulas são direcionadas a todos os alunos através da Base Nacional Comum Curricular. Os alunos também poderiam escolher conteúdos mais direcionados.

Conclusão 

Em conclusão, a partir do novo ensino médio, os estudantes poderiam estudar conteúdos mais aprofundados. Podemos destacar matérias como linguagens, matemática, ciências da natureza, e o ensino técnico. No entanto, entidades educacionais e especialistas têm criticado e observado algumas falhas no novo ensino médio.

Para eles , a implementação das diretrizes curriculares, poderia integrar o processo de formação dos estudantes. Ela deve auxiliar a encontrar o ambiente mais adequado e propício para o ensino e a aprendizagem dos jovens brasileiros. Uma ampla discussão sobre a educação deve ocorrer na consulta pública do MEC.

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