No Distrito Federal, 460 mil estudantes da rede pública receberão um novo programa pedagógico, o Escola em Casa. A página de serviço foi criada em decisão com a comunidade escolar, que não podia ser prejudicada por conta do isolamento pedagógico. Em 109 dias – entre a suspensão das aulas, em 12 de março, e a retomada do ano letivo de 2020 com registro de presença, em 29 de junho -, a Secretaria de Educação criou uma ferramenta mediada que promete ser uma das maiores do país.
O ensino mediado pela TV, Internet e distribuição de material impresso é a alternativa para os estudantes não perderem o ano letivo. Neste momento, o ensino mediado é o maior aliado dos estudantes para a travessia da pandemia. Enquanto não houver uma ideia clara sobre a sua evolução, serão mantidas medidas que não coloquem em risco a saúde da coletividade, evitando as aglomerações.
“O desafio é grande, sabemos que apresentará dificuldades, mas a Secretaria de Educação vai estar presente assim como esteve desde o primeiro dia da suspensão das aulas, buscando soluções para conter os danos à comunidade escolar”, afirma João Pedro Ferraz, responsável pelo programa, que deixou a Secretaria de Educação no dia 18 de junho, acrescentando que a pasta continuará tendo, na nova gestão, o compromisso com o futuro que lhe exige muito zelo com o presente. Ferraz será substituído por Leandro Cruz Fróes da Silva.
Em sua última entrevista no cargo, Ferraz afirmou que mesmo após a pandemia o mundo nunca mais será o mesmo e por isso o Escola em Casa seguirá movido pelos objetivos de sua criação: “Servir e somar, com o intuito permanente de melhorar a educação no DF”.
Semana de ambientação e escolhas
Os estudantes terão a próxima semana inteira, até a sexta-feira, 26, para se ambientarem e escolherem sua opção mediada de estudo.
A intenção da página, intuitiva, fácil de navegar, é oferecer um mapa aos estudantes e suas famílias. O tesouro é o aprendizado. Mais de 30 mil professores das 700 escolas da rede pública chegaram na frente, estudaram em seus próprios mapas, desenhados pela Eape, e agora vão usar o que aprenderam para ensinar.
O mapa feito para os estudantes conta uma história em cinco rotas – a página inicial, que esclarece sem rodeios a que veio o Escola em Casa DF; uma linha do tempo mostrando o muito feito, passo a passo, em pouco tempo; uma área de acessos aos programas apresentando as opções de estudar oferecidas aos estudantes; uma séries de vídeos feitas para mostrar a vida de quem está na ponta, fazendo, dedicando-se; e uma área com respostas às perguntas frequentes. Vale a pena conferir.
Na aba sobre os acessos ao ensino mediado, o estudante vai encontrar três opções: plataforma, teleaulas e impressos. A aba esclarece cada uma das opções. Informa que os impressos, para aqueles que não tiverem acesso aos meios tecnológicos, serão distribuídos pelas escolas e depois entregues no mesmo local. Ensina como entrar na plataforma e como acompanhar pela TV.
Das três opções, só o Google Sala de Aula faz avaliações e afere presença. As avaliações e registro de presença das duas outras modalidades serão por meio de impressos. Os estudantes ou seus responsáveis pegam na escola e entregam após um prazo combinado com os professores.
Por fim, o que não restou esclarecido poderá ser consultado na aba dedicada às perguntas frequentes, respondidas pelas equipes técnicas de todas as subsecretarias, cada uma conforme as suas especialidades.