O governo federal divulgou nesta quinta-feira (21) a lista completa de candidatos que foram readmitidos de fato no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), popularmente conhecido como Enem dos concursos.
Através de um e-mail, a Cesgranrio, pasta responsável pela aplicação da prova, informou se os candidatos foram eliminados de fato ou se foram reincorporados na lista dos cidadãos aptos a terem as suas provas corrigidas.
A polêmica começou ainda no início dessa semana quando o governo federal anunciou que não divulgaria os resultados finais do Enem de Concursos por causa de uma decisão judicial. Nessa decisão, a Justiça determinou a reincorporação dos alunos à base de correção da prova.
Por meio de um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) na esfera judicial, ficou definido que as pessoas que tiveram a situação alterada receberão o e-mail da Cesgranrio confirmando essa alteração.
O e-mail do Enem dos Concursos
De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos o e-mail conta com esse seguinte texto:
“Prezado(a) candidato(a),
Informamos que, em razão de acordo firmado com o MPF na esfera judicial, sua situação foi alterada no CPNU/2024.
Acesse os sites oficiais do MGI e da CESGRANRIO para tomar conhecimento de sua nova situação no concurso, siga as instruções e o novo cronograma previstos no edital de retificação.
Qualquer dúvida, entre em contato com o nosso 0800 701 2028.
Departamento de Concursos da FUNDAÇÃO CESGRANRIO”
Além disso, o Ministério também vai adicionar uma aba para todos os candidatos com a seguinte mensagem:
“Prezado(a) candidato(a),
Informamos que, em razão de acordo firmado com o MPF na esfera judicial, a divulgação do resultado final foi adiada.
Acesse o novo edital de retificação e o novo cronograma.
Consulte a sua situação atualizada no CPNU/2024 na área do candidato: “SITUAÇÃO ATUALIZADA / CONVOCAÇÃO PARA ENVIO DE TÍTULOS”.
Departamento de Concursos da FUNDAÇÃO CESGRANRIO”
Entendendo a polêmica com o Enem dos Concursos
O Concurso Público Nacional Unificado foi realizado pelo governo federal no último dia 18 de agosto. Na ocasião, quase 1 milhão de brasileiros saíram de suas casas para responder as perguntas e concorrer a vagas no serviço público federal.
Fato é que os cadernos de prova do Enem dos Concursos tinham várias versões, ou seja, as questões eram basicamente as mesmas para todos os candidatos, mas a ordem desses questionamentos era diferente.
Para evitar confusão na hora da correção, o governo federal exigiu que o aluno identificasse qual era o tipo da sua prova e a frase correspondente no gabarito. Assim, a banca conseguiria identificar qual era a ordem exata das respostas daquela determinada prova.
Um dia depois da realização da prova, ou seja, em 19 de agosto, o Ministério da Gestão informou que os candidatos que não haviam preenchido toda a identificação do cartão de respostas seriam sumariamente eliminados.
Com essa decisão, os candidatos excluídos acabaram nem tendo as suas notas divulgadas junto aos demais concorrentes no último dia 8 de outubro.
Candidatos criticaram decisão do Ministério e entraram na Justiça
Alguns participantes, no entanto, contam uma história diferente. Eles alegam que os fiscais de aplicação das provas teriam orientado os candidatos inscritos no concurso a transcrever apenas a frase da capa da prova para fins de indicação do tipo de prova.
Esses mesmos fiscais teriam dito que não existia a necessidade de identificar qual era a versão da sua prova pintando a bolinha correspondente ao número do gabarito.
Esses candidatos lembram ainda que a própria ministra da Gestão e Inovações em Serviços Públicos, Esther Dweck disse em coletiva depois da prova que os candidatos que não pintaram a determinada bolinha não seriam eliminados porque a Cesgranrio possuía outras maneiras de identificar a prova exata que aquele candidato tinha realizado.