Enem 2023: perdi a primeira prova. O que fazer agora?
Perdeu o primeiro dia da prova do Enem? Confira as situações em que o estudante pode solicitar a reaplicação do exame
Neste domingo (5), milhões de estudantes de todas as regiões do país realizaram a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas nem todo mundo que fez a inscrição, conseguiu chegar a tempo. O que acontece neste caso? Estas pessoas podem pedir uma reaplicação?
De acordo com informações do Ministério da Educação a resposta é sim. Mas calma. O processo de reaplicação da prova do Enem não é liberado para todos os casos. Existem algumas situações específicas que fazem com que o cidadão tenha o direito de fazer a prova.
Quando posso remarcar a prova?
Considerando as informações do edital oficial do Enem, a prova pode ser remarcada apenas em duas situações. São elas:
- Quando o aluno não conseguiu realizar o exame por motivo de doença;
- Quando o aluno não conseguiu realizar a prova por problemas de logística no dia do exame.
As doenças
Não é qualquer doença que dá direito ao processo de reaplicação. A lista completa de enfermidades pode ser vista abaixo:
- tuberculose;
- coqueluche;
- difteria;
- doença invasiva por Haemophilus influenzae;
- doença meningocócica e outras meningites;
- varíola;
- mpox (varíola dos macacos);
- influenza humana A e B;
- poliomielite por poliovírus selvagem;
- sarampo;
- rubéola;
- varicela;
- Covid-19.
Ao realizar o pedido de reaplicação, o estudante deverá obrigatoriamente inserir o anexo de um documento que comprove a doença. Tal atestado deverá ser assinado por um profissional da área da saúde.
Os problemas de logística
Já os problemas de logística que podem levar o aluno a ter direito a uma reaplicação são:
- desastres naturais (que prejudiquem a aplicação do exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local);
- falta de energia elétrica (que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural);
- falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante;
- erro de execução de procedimento de aplicação que incorra em comprovado prejuízo ao participante.
Como remarcar o exame
Caso você se encaixe em alguma destas situações, a dica é realizar a solicitação. Segundo as informações do Ministério da Educação, este pedido poderá ser feto após o encerramento das duas provas do Enem, ou seja, depois do próximo dia 12 de novembro.
A solicitação, aliás, poderá ser feita no portal do participante na internet. O candidato que faltou a uma das duas provas, terá que reagendar o seu procedimento entre os dias 13 e 17 de novembro, ou seja, uma semana depois que o Enem foi aplicado.
O primeiro dia do Enem
O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio, contou com questões objetivas de linguagens e ciências humanas. Os candidatos tiveram que responder perguntas sobre racismo, Palestina, cântico da torcida do Fluminense e ditadura militar no Brasil.
O esperado tema da redação foi: “invisibilidade do trabalho de cuidado feito pelas mulheres”. Mas a aplicação não ocorreu sem uma boa dose de polêmica. De acordo com o MEC, imagens do exame foram vazadas nas redes sociais durante a aplicação da prova.
Pelas regras gerais, o vazamento não poderia ter ocorrido, porque não é permitido que nenhum candidato use o celular para fotografar o exame, e muito menos é permitido que ele poste a foto nas redes sociais. De acordo com o Ministro da Educação, Camilo Santana, agentes de segurança já começaram a se mobilizar para entender o que aconteceu.
Os primeiros passos da investigação já começaram a ser dados, e os agentes descobriram que os vazamentos teriam partido de duas unidades da federação. São elas: Pernambuco e Distrito Federal. Segundo Santana, diligências já foram feitas. Ele também reiterou que mais casos podem ser encontrados em breve.
“A Polícia Federal (PF) já está investigando os fatos, inclusive fizeram duas diligências, uma em Pernambuco, onde um proprietário de conteúdo digital divulgou a imagem. Portanto, já houve esta diligência. A outra diligência ocorreu no Distrito Federal. Eu conversei com o Ministro Flávio Dino, conversei com o superintendente da PF”, disse Camilo Santana.