O Ministro da Educação Milton Ribeiro afirmou nesta quarta-feira (9) que não irá censurar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e que não verá a prova antes da aplicação.
Durante a audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o ministro afirmou: “Não vamos censurar a prova, eu sei o que é conviver com pensamentos diferentes. A prova vai avaliar o conhecimento de cada candidato, evitando que ela se limite à visão de mundo de cada um deles. Não pode acontecer imposição de ideologias, nem de um lado, nem do outro”.
Contudo, Ribeiro relatou que orientou o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela organização do exame, para que a prova não tenha “viés ideológico”.
“Orientei o Inep para que a prova tenha caráter técnico, para que a prova não tenha viés ideológico. Avalio que não preciso ter acesso anterior à prova”, disse.
Além disso, completou: “Considerando a lisura, o ambiente em que vivemos, eu considerei e abri mão de sequer conhecer previamente as questões. Eu abri mão para cessar qualquer interpretação de censura”.
Reclamação de exames anteriores
O atual ministro da Educação já reclamou de questões do Enem que julgou inadequadas, como uma do exame de 2018, que cobrava a interpretação de um texto sobre um conjunto de expressões utilizados por gays e travestis, mas que não solicitava nenhum conhecimento prévio sobre o assunto.
Ribeiro acrescentou: “O Enem é para avaliar candidatos a ter um acesso ao ensino superior e, ali, eu vou procurar verificar qual o conhecimento que ele tem em determinados temas. Existem outros palcos ou outros lugares, outros espaços para discutirmos esse tipo de tema, fora da prova do Enem”.
E então o que achou da matéria sobre a próxima edição do Enem?
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