O empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi liberado e já está sendo anunciado por alguns bancos. No entanto, ainda não há datas previstas para a solicitação, visto que o Ministério da Cidadania ainda não regulamentou a nova modalidade.
O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, acredita que até setembro este documento seja publicado. Enquanto isso, os beneficiários devem se preparar para não cair em golpes. No anúncio do novo consignado, não foi publicado o limite da taxa de juros, ficando a critério das instituições financeiras.
Todavia, sabe-se que o beneficiário poderá comprometer até 40% do seu benefício com o pagamento do crédito. O que equivale a R$ 160, ao considerar as parcelas de R$ 400, não sendo permitido considerar os R$ 600 atuais, uma vez que tem caráter temporário.
Contudo, os cidadãos precisam aguardar a regulamentação do empréstimo do Auxílio Brasil para saber finalmente como vai funcionar a modalidade. Até lá, fique atento para não cair em golpes relacionados ao empréstimo.
Como não cair em golpe no empréstimo do Auxílio Brasil
A primeira dica é escolher uma instituição financeira que já conheça para contratar o crédito. Depois disso:
- Desconfie de cobrança de juros muito abaixo do mercado do consignado;
- Pesquise sobre a reputação da empresa no Banco Central e portais como o Reclame Aqui;
- Nunca faça depósito para o banco como garantia para liberar o empréstimo, este método não existe;
- Não clique em links ou em mensagens duvidosas. Pode se tratar de uma estratégia para roubar seus dados;
- Consulte no telefone 145 e no Banco Central se o correspondente bancário é de confiança.
Até o momento, esses bancos anunciaram que vão oferecer o empréstimo do Auxílio Brasil: Caixa Econômica, Banco PAN e BTG Pactual.
Petição pelo adiamento da medida
Está circulando um abaixo-assinado, intitulado “Nota em Defesa da Integridade Econômica da População Vulnerável”, criado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, pelo Programa de Apoio ao Endividado da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto e pelo Acredito, solicitando o adiamento da medida.
“A concessão de crédito consignado para beneficiários de programas de transferência de renda, no presente momento, tende a trazer ainda mais dificuldades para essa população. Se os valores atuais são insuficientes para garantir uma vida digna, a possibilidade de comprometer até 40% desse valor com empréstimos condenará essas famílias ainda mais à miséria”. Afirma o texto.
Em contrapartida, o ministro defendeu a concessão do crédito como um meio de dar autonomia à população. “O objetivo nosso é democratizar o acesso ao crédito. Com o auxílio, bancarizamos grande parte dessa população para fim de melhoria da sua qualidade de vida. Quando se disponibiliza o direito ao crédito consignado, você está dirigindo a elas mais uma ferramenta para busca dessa autonomia que elas merecem”, argumentou.