Economia

Empréstimo Consignado do Auxílio Brasil: qual é a taxa de juros?

O Empréstimo Consignado do Auxílio Brasil foi regulamentado recentemente. A modalidade, no entanto, já havia recebido a aprovação do presidente.

O empréstimo ainda passa por alguns ajustes e um deles se refere a taxa de juros do crédito, que não foi estabelecida pela lei. Até o momento, o que se sabe é que cada banco determinará sua taxa.

De acordo com a Caixa Econômica, a sua taxa de juros será a menor entre os bancos que irão operar o crédito.

“Não está definido [o percentual], existe uma governança interna do banco, existe um processo de balanceamento de crédito e definição de taxas, mas o que eu posso dizer é que existe o compromisso da Caixa de que seja feito na menor taxa possível e que a gente praticará a menor taxa do mercado, respeitando os comitês e a governança do banco”, informou a presidente da instituição federal, Daniella Marques.

Quem vai poder contratar o empréstimo do Auxílio Brasil?

O empréstimo consignado poderá ser contratado pelas famílias beneficiárias do Auxílio Brasil. O pagamento do empréstimo será descontado automaticamente do benefício de quem o contratou. Lembrando que, cada beneficiário poderá comprometer até 40% do seu auxílio.

Ao solicitar o empréstimo, o beneficiário passará por uma análise de crédito pelo banco que estiver operando a modalidade, para saber se o cidadão pode ter acesso aos valores.

Empréstimo consignado do Auxílio Brasil será liberado ainda em agosto?

Embora exista uma previsão, alguns fatores impossibilitam que a modalidade seja liberada antes do final deste mês.

Outros detalhes muito importantes também parecem estar longe de serem resolvidos. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o crédito aos beneficiários do programa na Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A defesa do presidente se trata da liberação do crédito por meio das instituições financeiras nacionais, tendo em vista que a maior parte dos bancos negaram a operação do empréstimo consignado.

Segundo a justificativa das instituições, a operação do microcrédito aos beneficiários do Auxílio Brasil é inviável, pelo grande risco do estímulo ao endividamento dessas pessoas, por se encontrarem em situação de vulnerabilidade.

Até o momento, os bancos BradescoItaú e Santander já decidiram que não participarão da ação. De acordo com o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior “como é de taxa de juros muito alta, como é uma operação em que as pessoas terão o auxílio por período definido, nós entendemos que é melhor não operar na carteira, pois estamos falando de vulneráveis”, afirmou.

Decisões com relação as possíveis taxas de juros do empréstimo, ainda precisam ser ajustadas. Informações dos bastidores apontam que as taxas podem ser até 3 vezes mais alta que as demais propostas de crédito.

Até o momento, é sabido que o benefício voltará para seu valor original (R$ 400) em 2023, o que pode ser inviável para aqueles que contratarem o crédito, tendo em vista que não terão condições de garantir o básico para o dia a dia.