O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente o teto de gastos e disse que vai revogar ele se o seu grupo político voltar ao poder. A fala acabou tendo uma recepção mista entre os usuários das redes sociais. No entanto, um grupo certamente não gostou nada da ideia: os empresários.
De acordo com informações da jornalista Thaís Oyama, do jornal UOL, a ideia de acabar com o teto de gastos para aumentar o Auxílio Emergencial não agrada nada aos empresários do Brasil. É que eles temem que os governos acabem não conseguindo controlar as contas públicas.
Ainda de acordo com a colunista, um grupo de empresários estaria se organizando para tentar buscar apoio em uma possível terceira via para as eleições de 2022. É que a esta altura do campeonato, nem Lula nem Bolsonaro parece agradar mais as pessoas mais ricas do país.
Nesta última semana, o Presidente Jair Bolsonaro disse que vai aumentar o valor médio do novo Bolsa Família. Isso todo mundo sabia que iria acontecer. A novidade é que ele anunciou um aumento para a casa dos R$ 300. Isso é portanto muito acima do que se esperava.
Em regra geral, a colunista do UOL destaca que a grande maioria dos empresários acreditam que Lula e Bolsonaro irão apostar nas mesmas armas em 2022. E essa arma responde pelo nome de projetos sociais para a população. Sabe-se que isso pode acabar trazendo votos para os dois lados.
Olho no novo Bola Família
Dentro do Congresso Nacional há a ideia de que o novo Bolsa Família poderá ser decisivo para as eleições presidenciais do próximo ano. E seria justamente por isso que o Governo estaria investindo tão pesando neste próximo semestre em relação aos programas sociais.
É que vale lembrar que a lei eleitoral não permite a criação de projetos deste tipo em ano de eleições. Então como 2022 é um ano de pleito, o Governo só tem pouco mais de seis meses para tentar criar mais programas que seguirão valendo no próximo ano. É portanto um desafio.
Do outro lado, o ex-presidente Lula tem a arma das promessas. É que o ex-chefe do executivo prometeu tirar o teto de gastos justamente para conseguir subir os valores não só do Auxílio Emergencial, mas também de outros projetos que ele está prometendo criar.
Teto de gastos
De acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial está pagando hoje valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. A oposição e vários outros setores da sociedade costumam criticar duramente esse patamar de pagamento. Eles afirmam que não dá para viver no Brasil recebendo apenas esses montantes.
O Governo Federal se defende justamente usando a carta do teto de gastos. No caso do Auxílio Emergencial, por exemplo, eles só podem gastar até R$ 44 bilhões com os repasses. Pelo menos é isso o que a PEC Emergencial estabelece para esse projeto.
Se passar disso, eles estariam portanto cometendo um crime de responsabilidade. E esse é o grande dilema do Brasil hoje. Parte das pessoas acredita que é preciso derrubar o teto para pagar mais auxílios e outra parte acredita que o teto tem que seguir para controlar os gastos públicos.
E você? O que acha sobre esse assunto?