Empresa vai criar IA para fazer manutenção em caças da Força Aérea Espanhola
Indra fechou um contrato com a Força Aérea da Espanha para desenvolver um sistema capaz de detectar falhas em sistemas críticos de aviação antes que ocorram
A Força Aérea da Espanha fechou um contrato com a Indra, uma das principais empresas mundiais de tecnologia e consultoria, para desenvolver um sistema baseado em técnicas de inteligência artificial (IA) para manutenção preditiva dos caças C.16 Eurofighter. O projeto, que será financiado pela Direção Geral de Armamento e Material, vai criar uma IA que proporcionará à aeronave a capacidade de autodiagnosticar o status de cerca de vinte sistemas críticos de aviação. Dessa forma, a segurança e a superioridade de voo devem ser garantidas.
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O sistema permitirá a detecção precoce da possibilidade de falha em diferentes elementos críticos e verificará se a aeronave está em perfeitas condições antes de cada decolagem. Esta manutenção inteligente não só aumenta a segurança, mas também economiza custos e prolonga a vida útil de cada avião, garantindo a máxima disponibilidade da frota.
Caberá ao sistema especializado da Indra analisar os enormes volumes de dados coletados pelos sistemas do Eurofighter e os processará para procurar qualquer comportamento anômalo. Também registrará as condições ambientais exatas nas quais a anomalia ocorreu e classificará os dados para treinar o sistema, aumentando sua precisão progressivamente. A Indra estudará a possibilidade de instalar sensores adicionais na aeronave para melhorar as capacidades do sistema.
O desenvolvimento desta solução, que foi iniciada como parte do projeto da Base Aérea Conectada Sustentável e Inteligente (BACSI) da Força Aérea, melhora a manutenção do Eurofighter e abre um novo caminho no uso da IA neste caça. A empresa testará esta solução no âmbito de sustentação 4.0, que serve como uma área de testes para a introdução de tecnologias de ponta antes de levá-las a áreas críticas de operação.
Progresso na tecnologia militar
Com este projeto, a Indra espera fazer progressos na digitalização dos principais sistemas de defesa para o futuro. A nuvem, a hiperconectividade, a realidade virtual e própria inteligência artificial serão tecnologias decisivas para que os exércitos mantenham sua capacidade operacional nos próximos anos, defende a empresa.
Ainda segundo a Indra, a implementação desta solução de IA representará um marco na manutenção de aeronaves na Espanha. Representa também um avanço na aplicação do conceito de Sustentação 4.0 sobre o qual a Indra está trabalhando e que propõe a introdução das tecnologias para gerenciar a manutenção e logística dos exércitos. Sua incorporação permitirá que as forças armadas sejam mais ágeis, com maior capacidade de reação e eficácia diante dos adversários mais avançados tecnologicamente.
O sistema de Inteligência Artificial da Indra também contribuirá para o desenvolvimento da Base Aérea Conectada Sustentável e Inteligente (BACSI) que a Força Aérea está promovendo. Um modelo que aposta em bases mais operacionais, eficientes e sustentáveis graças à revolução tecnológica e digital.
Este projeto de manutenção de caças com IA está alinhado com os planos das Forças Armadas e da Força Aérea da Espanha de avançar em sua transformação digital para enfrentar novas ameaças.
O papel da Indra na digitalização de exércitos
O ritmo acelerado em que o mundo está se tornando digital está forçando os exércitos mais avançados a passar por uma profunda transformação, a fim de se adaptar e manter sua superioridade sobre seus adversários.
O peso de novas tecnologias de ponta em sistemas e plataformas de última geração está aumentando. Aeronaves, navios e veículos blindados operarão em poucos anos trocando dados em tempo real graças a tecnologias como a nuvem, a inteligência artificial, a hiperconectividade e a Internet das Coisas, aponta a Indra.
Neste sentido, a empresa está trabalhando junto às universidades e às Forças Armadas espanholas em projetos que já foram publicados em diferentes fóruns e revistas científicas. A empresa também está trabalhando nos principais programas europeus e nacionais de inovação e desenvolvimento que moldarão o futuro da Defesa: é coordenadora nacional do programa europeu Future Combat Air System (FCAS), está digitalizando o veículo 8×8 Dragón, implantou radares de alerta precoce e vigilância espacial e está trabalhando nos sistemas de comando e controle e ciberconsciência situacional de fronteiras.