De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criadas, em janeiro deste ano, 83.297 vagas de emprego com carteira assinada. No entanto, em janeiro do ano passado, foram criados 155.178 postos de trabalho, sem considerar as declarações entregues em atraso pelos empregadores.
Essa queda na abertura de empregos formais ocorre devido a desaceleração econômica, assim como pelo fechamento de vagas temporárias no comércio. Lembrando que o indicador mede a diferença entre as contratações e demissões no período em questão
No entanto, mesmo com a diminuição com relação ao mesmo período em 2022, janeiro de 2023 apresentou melhora com relação a dezembro, quando 440.669 postos de trabalho foram fechados.
Com relação a divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados pelo Caged criaram vagas de empregos formais no mês de janeiro. O setor de serviços aparece em primeiro lugar nas estatísticas, com a criação de 40.686 postos de trabalho. Em seguida vem a construção civil, com 38.965 vagas de emprego geradas.
Em terceiro lugar no ranking está o setor da indústria (de transformação, extração, entre outros tipos), com um superávit de 34.023 postos de trabalho. Também existe o setor da agropecuária, que gerou 23.147 vagas de emprego em janeiro, seguido do comércio, em último lugar. Pressionado pelo fechamento de vagas temporárias, esse setor fechou o mês em déficit, com o fechamento de 53.524 postos.
Destaques na geração de empregos
O setor de serviços, o qual mais gerou empregos em janeiro, foi impulsionado pelo segmento de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que geraram 19.463 postos formais. Além disso, a categoria de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas abriu 16.447 postos.
Por outro lado, no setor industrial, o destaque positivo foi da indústria de transformação, que gerou 33.738 novas vagas de emprego. Em segundo lugar veio a indústria extrativa, com uma grande diferença, abrindo apenas 341 novos postos de trabalho. Estas estatísticas do Caged não detalham as contratações e demissões por setor do comércio, como era feito na série histórica anterior, com a divisão entre atacadista e varejista.
Regiões do Brasil
Das cinco regiões brasileiras, três obtiveram um saldo positivo na criação de empregos no mês de janeiro deste ano. Liderando as estatísticas está a região Sul, com 32.169 novas vagas de emprego, seguida da região Centro-Oeste, que impulsionada pela safra de grãos criou 27.352 novos postos. Fechando as regiões que criaram empregos está o Sudeste, com 18.778 novas vagas formais.
Em seguida, nas regiões que tiveram um déficit na geração de empregos, está o Nordeste, que fechou 133 postos de trabalho, seguido do Norte, que fechou o mês de janeiro com 482 vagas formais a menos.
Por fim, na divisão por estados do Brasil, 16 registraram saldo positivo na criação de empregos, e nove ficaram com saldo negativo. Desta forma, os destaques na criação de empregos foram: São Paulo (+18.663 postos), Santa Catarina (+15.727) e Mato Grosso (+13.715).