O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (30/06), informações relacionadas a remuneração média recebida pelos trabalhadores brasileiros. O índice cresceu cerca de 6,6% no ano passado. No trimestre encerrado em maio, o salário médio da população ficou em R$2.901.
No entanto, com o aumento na comparação com os últimos 12 meses, o salário médio atual do trabalhador está estável, mesmo em relação ao primeiro trimestre deste ano. De fato, no início de 2023, ele estava em R$2.900. Com o incremento nos valores dos salários a massa total ficou em R$280 bilhões.
A princípio, esse total representa um equilíbrio, em relação ao trimestre anterior, segundo os cálculos do IBGE, e uma alta expressiva, de 7,9% na comparação com o último ano. Em relação à atividade econômica, também houve uma estabilidade no último trimestre. Entretanto, alguns setores não apresentaram números positivos.
Analogamente, os trabalhadores domésticos com carteira assinada, ou seja, formalizados, tiveram uma alta exponencial de 2,9% em seus rendimentos mensais. Já em relação ao setor público, os números foram negativos, com uma contração no período observado pelo levantamento do IBGE de cerca de -1,7%.
Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad Contínua)
De acordo com a coordenadora da Pnad Contínua, Adriana Beringuy, “o aumento do contingente de trabalhadores do setor público não se refletiu em aumento de rendimento. Provavelmente, isso se deu em função de maior participação de trabalhadores sem carteira no setor e tendência de queda do rendimento”.
A Pnad Contínua do IBGE apontou que a taxa de desocupação, de 8,3% no segundo trimestre de 2023, entre o mês de março e maio de 2023, teve uma redução de 0,3%, em relação ao primeiro trimestre deste ano, de 8,6%. Em síntese, o índice apresentado, caiu de 1,5%, considerando a projeção do ano anterior, de 9,8%.
Desse modo, a população desocupada, de 8,9 milhões de cidadãos, teve uma redução na comparação com o último trimestre, em relação ao início do ano, de -3,0%, o que significa menos 279 mil pessoas. Já no cálculo relativo aos últimos 12 meses, houve uma queda expressiva de -15,9%, menos 1,7 milhão de brasileiros.
Todavia, o número de pessoas ocupadas, que atualmente é de 98,4 milhões, apresentou um equilíbrio entre os dois primeiros trimestres de 2023. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma alta no índice de 0,9%, ou seja, mais de 884 mil pessoas. Dessa forma, apresentou-se uma certa estabilidade na Pnad Contínua.
Outros números da Pnad Contínua
A Pnad Contínua do IBGE também apresentou números relativos à taxa composta de subutilização, de 18,2%, que mostrou uma queda de 0,7% em relação ao trimestre entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023, ficando em 18,8%. Em comparação com o ano passado, quando era de 21,8%, caiu 3,7%.
Em suma, a população brasileira fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões de pessoas, e teve um aumento de 0,6% relativos ao trimestre anterior, que foi de 382 mil pessoas. Na comparação com os últimos 12 meses, segundo a Pnad Contínua, houve um aumento de 3,6%, ou seja,mais 2,3 milhões de pessoas no total.
A pesquisa do IBGE também trouxe números relacionados a empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado. No segundo trimestre, ele ficou em 36,8 milhões, o que indica um equilíbrio em comparação com o primeiro trimestre. Em relação à comparação anual, houve uma alta de 3,5%, com 1,83 milhões de pessoas.
Mercado de trabalho e salário
A Pnad Contínua apontou que o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, que é de 12,9 milhões, também ficou em equilíbrio no cálculo dos primeiros trimestres de 2023 e também nos últimos 12 meses. O número de trabalhadores por conta própria ficou estável no período e teve uma queda de 1,7% no ano.
Em conclusão, o levantamento do IBGE apontou que o número de trabalhadores domésticos no Brasil, que atualmente é de 5,7 milhões de pessoas, ficou estável na comparação com o trimestre anterior e também na comparação anual. O número de empregadores também apresentou equilíbrio, ficando em 4,1 milhões de pessoas.
A renda mensal média do trabalhador brasileiro, nos diversos setores econômicos apresentados pelo IBGE em sua Pnad Contínua, aponta uma estabilidade, um equilíbro. No incío do ano e em maio houverma reajustes do salário míncimo, com o objetivo de garantir à população um ganho real. Ao que parece, há ainda muito a ser feito par que possa haver um rendimento maior, que garanta um certo conforto ao cidadão.