A Síndrome de Burnout ou o Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional causado principalmente pelo excesso de trabalho. Os sintomas relacionados são uma grande exaustão, estresse e a fadiga física. Normalmente os profissionais que sofrem dessa doença trabalham em um ambiente desgastante e muito competitivo.
Segundo o International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de Burnout entre seus habitantes. De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), cerca de 30% dos 100 milhões de profissionais brasileiros sofrem com a doença.
A princípio, o público feminino é o mais afetado pela síndrome. O estudo Women in the Workplace 2021, apontou que 42% das mulheres entrevistadas sofriam com os mais variados sintomas da doença ocupacional, sofrendo de dor de cabeça, problemas de auto estima, perda da concentração e do sono.
São várias as causas da síndrome de Burnout. Todavia, podemos destacar as rotinas excessivas, alta cobrança, procura por resultados, uma busca pela perfeição e a máxima eficiência no ambiente corporativo. Como o profissional atua diariamente sob pressão, ele acaba por esgotar-se completamente.
Como falado anteriormente, as situações de estresse e pressão são as maiores causas da síndrome. Aliás, entre os profissionais que mais estão expostos a esse tipo de doença são os médicos, enfermeiros, policiais, professores, jornalistas, entre outros.
Os trabalhadores que se dispõe a realizar tarefas consideradas mais difíceis, e não possuem a competência necessária, acabam por apresentar os sintomas do Burnout. Ademais, o resultado pode ser uma profunda depressão, sendo necessário uma consulta ao médico para realizar o diagnóstico.
O estado de tensão emocional em um ambiente de trabalho desgastante influencia na saúde do trabalhador, afetando também a sua produtividade. Analogamente, estas condições de trabalho podem ser físicas, emocionais e psicológicas, principalmente nas profissões que exigem o envolvimento interpessoal.
São vários os sintomas da doença ocupacional. Podemos citar o nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos como tonturas, dor de barriga e cansaço excessivo. Desse modo, o profissional acaba por apresentar uma dificuldade para sair da cama e uma falta de disposição para ir ao trabalho.
Outros sintomas da síndrome são o cansaço físico e mental excessivo, dor de cabeça, mudança no apetite, dificuldade para dormir, problemas de concentração, negatividade constante, sensação de incompetência, de insegurança e de derrota, alterações no humor, isolamento, fadiga, dores musculares, entre outros.
No início os sintomas se apresentam de uma maneira leve. No entanto, com o passar dos dias, o quadro acaba por apresentar uma piora. Neste momento, é indicado a procura por um médico, que irá fazer um diagnóstico do paciente e indicar o tratamento adequado.
Os médicos indicados para fazer o diagnóstico e buscar o tratamento do profissional são os psiquiatras e os psicólogos. Eles irão fazer uma análise clínica do paciente, em busca das causas da doença e das terapias necessárias para a cura do trabalhador que sofre com a síndrome.
A Síndrome de Burnout pode ser curada, ou aliviada, através da psicoterapia, ou de medicamentos antidepressivos, e ansiolíticos. Dependendo do caso, de um a três meses o paciente já começa a apresentar uma melhora em seu quadro. A mudança no ambiente de trabalho também pode ajudar nos casos da doença.
Recomenda-se que após o diagnóstico de Burnout o profissional tire férias e que realize atividades de lazer, com amigos, familiares e pessoas próximas de seu círculo social. A atividade física também é indicada, além da realização de relaxamentos que possam aliviar o estresse.
O ideal é acabar com o estresse no ambiente de trabalho. Deve-se evitar ter metas e objetivos inatingíveis na vida pessoal e profissional, é preciso ter atividades de lazer, sair da rotina diária, evitar o contato com pessoas “negativas”, fazer atividades físicas, evitar o consumo de álcool e de cigarro, e buscar ajuda médica.
É importante também procurar ter momentos de descanso no dia a dia corporativo, fazendo pausas entre as tarefas. Além disso, é indicado que os profissionais tenham uma boa e tranquila noite de sono, dormindo no mínimo oito horas por dia. Buscar uma qualidade de vida é essencial para quem deseja controlar a síndrome.