Salário mínimo: Tebet diz que só há recurso para pagar R$ 1.302

Ela foi adversária de LULA, agora entrega PÉSSIMA NOTÍCIA sobre o salário mínimo

Em entrevista, Ministra do Planejamento diz que se o salário mínimo subir para R$ 1.320, Governo terá que fazer novo arranjo

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, a Ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), deu a sua opinião sobre o salário mínimo. Segundo ela, hoje o Brasil só tem espaço orçamentário para bancar o valor de R$ 1.302, e não o de R$ 1.320 que estava sendo indicado inicialmente.

“Nós havíamos deixado no Congresso um espaço fiscal de R$ 6,8 bilhões para o reajuste para R$ 1.320. O que aconteceu é que no final do ano pessoas que estavam na fila do INSS foram incorporadas. Hoje, há recurso para R$ 1.302”, disse a Ministra na entrevista quando perguntada sobre o reajuste do salário mínimo.

No final do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o plano de orçamento deste ano indicando que o valor do salário mínimo seria elevado de R$ 1.212 para R$ 1.320. Contudo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não assinou o decreto que faz esta elevação. Assim, o salário atual subiu para R$ 1.302, como tinha previsto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no final do ano passado.

Desde então, o Governo Federal vem se dividindo em duas alas. A ala mais ligada ao Ministério do Trabalho quer que Lula banque um aumento do salário para a casa dos R$ 1.320, mesmo que isto signifique mais risco fiscal. Por outro lado, a ala mais ligada a Haddad e Tebet quer a manutenção do valor de R$ 1.302.

“Se houver uma decisão política do presidente Lula que vai se chegar a R$ 1.320, que nenhum momento foi dito pela equipe econômica – foi anunciado por outros membros–, óbvio que vai ter de ter remanejamento. Vai ter de se tirar de algum lugar, porque estamos no limite do teto de gastos”, disse ela na entrevista.

Reunião com centrais

O presidente Lula está realizando nesta semana uma série de reuniões para tentar definir o que fazer com o salário mínimo este ano. Na segunda-feira (16), por exemplo, ele esteve com o seu Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT) para discutir o tema.

Na quarta-feira (17), Lula deve se encontrar também com representantes de centrais sindicais. Mais do que o debate em torno do valor do programa, tais representantes querem a garantia de apresentação de um projeto de política de valorização do salário mínimo para os anos seguintes.

Ainda não há um prazo para a definição do valor do salário deste ano. Contudo, o mais provável é que o martelo só seja batido depois do retorno de Fernando Haddad (PT). O Ministro da Fazenda em Davos, na Suíça, onde representa o Brasil no Fórum Econômico Mundial.

Além do Salário mínimo

Na mesma entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo, Tebet defendeu a realização de um redesenho do Cadúnico. Segundo a Ministra, este procedimento poderá fazer com que o estado brasileiro tenha uma redução de gastos.

“Eu estava no grupo de transição. Não tinha jeito. Não adianta, eu já fui prefeita. Vai formar fila e não vai resolver. Nós adiamos por 60 dias o bloqueio porque ao bloquear, todo mundo corre para fila da assistência social para pedir o desbloqueio.”

“Vai ter de ser um bloqueio em 60 dias e não pode começar em janeiro. Ao invés de janeiro, vai começar em fevereiro ou março e não vai ser por 30 dias. Serão 60 dias. Bloqueia-se. Quem se sente prejudicado, vai um cartãozinho, e farão a averiguação se se enquadra ou não.”

“ O mais importante é repensar o modelo, porque a família unipessoal cresceu de tal forma
que gerou uma série de irregularidades. Vamos ter provavelmente, não digo economia, não se pode falar em economia quando se fala em fome. Mas teremos cancelamentos significativos no número de famílias unipessoais ganhando o Bolsa Família”, completou Tebet.

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